Lisboa foi a cidade escolhida pelo grupo Richemont, dono de marcas de luxo como Cartier, Montblanc e Van Cleef & Arpels, para acolher um novo centro de competências tecnológicas. O R:Tech, localizado no Orient Green Campus, vem reforçar as capacidades da equipa tecnológica sediada na Suíça e já conta com 100 profissionais.

Como detalhado por Nicolas Bos, CEO da Richemont, durante a inauguração do R:Tech, que o SAPO TEK acompanhou, a tecnologia é um “impulsionador muito importante” para o grupo, permitindo não só agilizar as suas operações comerciais, mas também otimizar a relação com os clientes.

Segundo o responsável, o objetivo do R:Tech passa pelo desenvolvimento de novas competências tecnológicas que permitam impulsionar o crescimento do grupo a longo prazo.

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A escolha de Lisboa não foi por acaso, realça Nicolas Bos. O grupo já tinha a intenção de manter a sua presença na Europa e, depois de analisar o panorama, olhou para Portugal, em particular para a capital, com bons olhos, dado à sua relevância enquanto hub tecnológico com talento jovem qualificado.

Com a inauguração do R:Tech, o grupo está também aberto à colaboração e a novas parcerias, esperando fazer parte do ecossistema vibrante de empreendedorismo tecnológico na capital portuguesa, enfatiza o CEO da Richemont.

Renaud Litré, Chief Group Platfoms Officer, afirma que o novo centro é um marco estratégico para o grupo. A equipa em Lisboa vai trabalhar em objetivos como o fortalecimento e otimização dos processos tecnológicos do grupo, a melhoria da tecnologia usada nas boutiques e no fabrico, e no avanço das capacidades de dados e inteligência artificial.

Nos próximos três anos, o grupo espera chegar à marca dos 400 colaboradores no R:Tech e está à procura de novos membros para reforçar a equipa em Portugal. “Estamos a falar de engenheiros, técnicos, arquitetos de soluções e especialistas de segurança”, explica Eduardo Grilo, Chief Technology Officer da Richemont.

De acordo Lucas De Gaulejac, Technology Competency Center Manager da Richemont, a equipa portuguesa está já a trabalhar há cerca de um ano em escritórios temporários e mudou-se ainda no mês passado para as instalações no Orient Green Campus. O responsável afirma que o grupo quer "procurar pelo melhor talento possível", seja a nível internacional, mas com foco em particular no mercado local, incluindo parcerias com universidades.

No que respeita à inteligência artificial, Eduardo Grilo detalha que a tecnologia faz plenamente parte do roadmap do grupo para o futuro. À medida que dá os primeiros passos na implementação, a Richmond já avançou com um Conselho de IA que, segundo Eduardo Grilo, será responsável por supervisionar o uso da tecnologia, assegurando que é feito de maneira ética.

Recentemente, o grupo lançou o seu primeiro agente a nível interno que se afirma como “uma forma para os colaboradores começarem a usar IA e IA Generativa num ambiente seguro e controlado”, indica.

Nota de redação: a notícia foi atualizada com uma correção. (Última atualização: 15h02)