A sessão de abertura começou com as boas vindas de Paddy Cosgrave a Lisboa, e a Portugal, e uma introdução aos temas que fazem do Web Summit 2025 uma das cimeiras de tecnologia obrigatórias para startups, empresas tecnológicas e decisores. São esperados mais de 70 mil oradores e 2.500 startups em exposição, 900 oradores e mais de 1.000 investidores que se concentram em Lisboa para mostrar a tecnologia, participar em debates e muito networking.

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O fundador do Web Summit lembrou que o mundo está em mudança, e que "a era do domínio ocidental da tecnologia está a desvanecer-se", com o crescimento da China nos domínios da robótica e da inteligência artificial. Mas também na Europa o centro de inovação está a mudar para o leste, e já não é na Alemanha que são criadas mais startups ms sim na Polónia, defendeu.

Paddy Cosgrave lembrou ainda que a Revolut, que hoje é uma das maiores fintech, começou no Web Summit em Dublin a dar os primeiros passos, e partilhou a confiança de que "há sem dúvida uma nova Revolut no Web Summit e espero que todos tenham oportunidade de conhecer as centenas de startups que vão estar aqui".

Veja as primeiras imagens do Web Summit 2025

A sessão de abertura contou ainda com Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, e o ministro da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, que partilharam o entusiasmo com a capacidade de Lisboa, e de Portugal, ser um hub de desenvolvimento da tecnologia e inovação.

Depois de ter anunciado em palco a criação da Fábrica de Unicórnios, em 2022, Carlos Moedas trouxe ao Web Summit "uma nova ideia". "Este é o meu 5º ano no Web Summit r é impossível não ficar impressionado com esta audiência", afirmou.

Destacando o sucesso da Unicorn Factory, que passou do papel há realidade, Carlos Moedas afirmou que hoje existem 16 unicórnios em Lisboa e que na 5ª feira "vamos lançar o 17º unicórnio", garantiu, juntando a isso as 82 empresas tecnológicas que se localizaram na cidade e criaram mais de 16 mil empregos.

Mas o presidente da Câmara não quis ficar por aqui e trouxe a ideia de juntar em Lisboa a inovação à cultura e arte, e à justiça social. "A cultura é o molho secreto da inovação", destacou, afirmando que quer que todos estes elementos se conjuguem na cidade em que foi novamente eleito presidente da Câmara no mês de outubro.

Num discurso ainda mais entusiástico, o ministro da Reforma do Estado, Gonçalo Matias,  lembrou que "a IA não é o futuro já está a mudar o mundo, é o motor da economia". Para o governante, Portugal está bem preparado para este futuro. "Estamos a desenvolver a nossa estratégia", afirmou, recordando a aposta nos data centers e na cloud soberana, e adicionando ainda que a transformação digital é construída pelas pessoas e que por isso há investimento também na qualificação.

"Juntos vamos liderar o caminho", afirmou, recordando ainda que há um ano foi anunciada a Amália e que passou do papel à realidade para apoiar os cidadãos com informação da administração pública e criando um tutor para cada criança na eduação.

"Portugal preparado para ser um hub e tem todas as condições para ser líder mundial em IA, mas só será real se combinarmos a visão e a confiança", adiantou ainda.
Web Summit 2025
Web Summit 2025 créditos: Web Summit

Antes de sair de palco deixou ainda as boas vindas. "Bem vindos a Portugal, um espaço onde a ambição se torna realidade", afirmou Gonçalo Matias.

Três dias, e mais um bocadinho, a respirar inovação em Lisboa

O espaço abre portas hoje, 10 de novembro, para a habitual sessão de abertura que vai contar com a presença do ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, e do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e ainda a tenista Maria Sharapova. A agenda mantém-se animada com mais de 20 linhas de temas até dia 13 de novembro, mas na verdade os eventos paralelos já começaram há vários dias, e multiplicam-se durante esta semana para acolher os diferentes interesses e iniciativas paralelas.

Ainda antes da abertura oficial a Startup Portugal organiza o "Welcome to the Global Stage: Lisboa and Portugal" dedicado ao ecossistema de startups para dar palco às ligações globais e ao espaço para investimento, com uma sessão que decorre no Pavilhão de Portugal.

A promessa de aumentar o espaço disponível para o Web Summit no Parque das Nações nunca chegou a ser cumprida com a prometida construção de um pavilhão novo na FIL e todos os anos tem havido soluções mais ou menos criativas para esticar o espaço e para acolher o crescimento da exposição.

Este ano Paddy Cosgrave diz que foi construído um Pavilhão 5, um "espaço indoor massivo dedicado ao networking com um jardim exterior impressionante", segundo a publicação na rede X. 

Entre as novidades de 2'25 está a garantia de mais espaço para a China, que tem vindo a perder protagonismo nas feiras na Europa e nos Estados Unidos. Em Lisboa está marcado uma "China Summit" que arranca amanhã, dia 11, e que tem temas ligados com a influência da China na área de semicondutores e processadores, o impacto das tarifas, os planos do país na área do digital e a construção de uma comunidade no ciberespaço.

Inteligência Artificial, Vibe coding e governos na era da IA

Há temas que se mantêm como mais relevantes nos últimos anos e a Inteligência Artificial é um deles, com foco no controle da IA e quem paga os conteúdos com que os modelos são treinados. Matthew Prince, CEO da Cloudflare, é um dos oradores que toma o palco para defender mais uma vez a necessidade de regular esta área e estabelecer forma de fazer os bots pagarem por conteúdos.

O vibe coding, que já foi eleita como uma das palavras/expressões do ano, ganha também espaço no desafio de um modelo de futuro que pode ditar a "morte" da programação como a conhecemos e do trabalho dos programadores.

Os datacenters, necessidade de computação e consumo de energia e a próxima era de exploração espacial em modelo comercial são também tópicos a seguir com atenção.

Fora dos palcos da conferência vale a pena passar pelos pavilhões para ver o que as grandes empresas estão a mostrar, e também pelos stands mais pequenos das startups para conhecer aquelas que são potencialmente algumas das ideias mais disruptivas. 

E como nem tudo é trabalho, o Night Summit é o momento de diversão e networking pelo qual todos os participantes aguardam, com dezenas de bares e quiosques a animarem a noite no centro da cidade, do Terreiro do Paço, Cais do Sodré e Príncipe Real ao Bairro Alto. Pode ver aqui a lista.

Há ainda uma longa lista de eventos paralelos, organizados por empresas e outras entidades ligadas ao mundo da tecnologia, e neste site do Inovation Scene pode ver uma lista.

A equipa do TEK Notícias vai estar a acompanhar o Web Summit em direto (e a cores) e se tiver alguma sugestão de temas, ideias ou startups a acompanhar envie-nos um email para marcarmos uma conversa.

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