A Amazon está a encerrar as operações da Prime Air em Lockeford, na Califórnia, naquilo que poderá constituir mais um revés para o seu programa pioneiro de entregas por drones.

Foi na zona de Lockerford que a Amazon fez os testes iniciais de um serviço que permitiria aos residentes encomendarem produtos com um peso até cinco libras (cerca de 2,27 quilogramas) e recebê-los por um drone em 30 minutos no local pedido.

Em comunicado, a Amazon anuncia também que está a lançar uma nova localização da Prime Air em Tolleson, Arizona. A gigante do ecommerce adianta que se espera que o novo local forneça entregas "no mesmo dia" a quem vive na área metropolitana de West Valley Phoenix. A Amazon espera iniciar as operações no Arizona no final deste ano.

No comunicado de imprensa não é mencionado o motivo claro para o encerramento do serviço em  Lockeford, que arrancou em 2022, embora refira que os funcionários terão "oportunidades noutros locais".

A Amazon afirma que manterá as operações da Prime Air em College Station, Texas, e planeia abrir novos locais em 2025.

Enquanto isso, o mais recente drone MK30 da empresa continua em testes. Este novo modelo é mais leve do que os anteriores, pode voar sob chuva fraca e deverá ser utilizado em operações ainda este ano.

O novo drone foi revelado em novembro de 2022, depois de a empresa ter sido alegadamente prejudicada por outros modelos que por vezes se despenhavam e ardiam nos testes.

A Amazon teve uma vantagem inicial no seu serviço de entrega por drones em comparação com os concorrentes, mas ficou para trás ao longo dos anos. Em 2013, o então diretor-executivo, Jeff Bezos afirmou que as entregas por drones estavam a quatro ou cinco anos de distância.

A empresa tinha como objetivo fazer 10.000 entregas por drones até ao final de 2023. A mais recente informação referia que apenas 100 entregas foram feitas até meados de 2023, assinala o site The Verge. Enquanto isso, a empresa de entrega rival Zipline relatou ter concluído um milhão de entregas 19 de abril.