“Não sou fã dos Bitcoins ou de outras criptomoedas que não são dinheiro e cujo valor é altamente volátil” e imprevisível”, defendeu o presidente norte-americano Trump. “Estes cripto bens não regulados podem facilitar comportamentos impróprios, incluindo comércio de drogas e outras atividades ilegais”, acrescentou. Explicadas as fragilidades das criptomoeadas, Trump adiantou que “pela mesma razão, a moeda virtual do Facebook, a Libra, será pouco confiável e terá pouca importância”.

Em linha com o que já tinha defendido, o presidente aconselhou a empresa, a seguir regras tradicionais, se quiser transformar-se num banco. “Se o Facebook e outras empresas quiserem ser um banco devem seguir os procedimento legais [...] sujeitar-se aos regulamentos do sector, como qualquer outro banco”, afirmou na rede social.

Sem surpresas, para o presidente dos Estados Unidos, o dólar é a moeda mais fiável do mundo. “Só temos uma moeda nos EUA e está mais forte que nunca”, recordou.

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No último ano o valor do Bitcoin aumentou 70% e a moeda vale hoje 11.450 dólares, o que faz com que muitos especialistas estejam ao lado de Trump, no que se refere à instabilidade da moeda e ao risco do investimento. No início do mês, o próprio Congresso pediu à empresa de Mark Zuckerberg para suspender temporariamente o desenvolvimento da moeda.

No entanto, as declarações do presidente já motivaram críticas, de entidades como a Blockchain Association, para quem o presidente devia apoiar este tipo de tecnologia, pelo seu potencial para impulsionar o crescimento económico dos EUA.

Milhões impedidos de seguir Trump no Twitter, garante o próprio

No mesmo dia, esta quinta-feira, Trump voltou a acusar as redes sociais de manterem contra ele uma política de censura. Twitter e Facebook foram os principais destinatários da mensagem do presidente, proferida durante a 1ª conferência promovida pela Casa Branca sobre redes sociais. “Para mim não há dúvidas de que há milhões e milhões de pessoas [a querer seguir-me] mas que sei que foram bloqueadas”, referiu o presidente no evento, como cita a Business Insider.

Trump acrescentou que é interpelado com frequência por pessoas que se queixam de querer segui-lo e não conseguem: “eles tornaram-no completamente impossível” considerou, referindo-se ao Twitter.

Recorde-se que no início do ano Jack Dorsey, CEO do Twitter, teve mesmo um encontro com o presidente na Casa Branca para falar sobre o tema e sobre as acusações, que a rede social sempre tem negado.

O encontro promovido pela Casa Branca reuniu conservadores de vários quadrantes, ativistas e várias personalidades ligadas aos media. Trump deixou ainda uma novidade, revelando que planeia encontrar-se com os responsáveis das principais redes sociais nas próximas semanas.