“A partir das 14:00 de hoje entidades mal-intencionadas, a partir do exterior, estão a dirigir intensos e não legítimos pedidos ao site e às apps do banco dificultando e pontualmente impedindo, dessa forma, o acesso dos clientes”, disse a mesma fonte.

O BCP realçou depois que “tomou as medidas necessárias para mitigar os efeitos referidos e a generalidade dos clientes já está a aceder sem dificuldades”.

Desde o início deste ano que várias empresas e entidades portuguesas têm sido vítimas de ataques informáticos. O ataque à Impresa, dona da SIC e do Expresso, aconteceu logo nos primeiros dias de 2022, seguindo-se um ao website da Assembleia da República. Em fevereiro, a Vodafoneo grupo Cofina, a Trust in News os Laboratórios Germano de Sousa também foram atacadas.

No final de março, a Sonae MC, dona do Continente, foi visada e, mais tarde, a EDA - Eletricidade dos Açores, e as restantes associadas do grupo, assim como a agência Lusa, juntaram-se ao grupo de entidades que foram vítimas de ataques.

A sua conta foi afetada no ataque à TAP? Veja como verificar
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Mais recentemente, a TAP foi alvo de um ciberataque cuja autoria foi reivindicada pelo grupo de ransomware Ragnar Locker, um caso que está a ser investigado pelo Ministério Público. No final de setembro os piratas informáticos publicaram na Dark Web 581 GB de dados que afirmam pertencerem a 1,5 milhões de clientes da companhia aérea, alegando também que ainda tinham acesso aos sistemas informáticos da empresa.

Perante a mais recente exposição de dados, a companhia sublinhou que tem estado em todo o processo a trabalhar com o Centro Nacional de Cibersegurança, a Polícia Judiciária e a Microsoft. A TAP indicou ainda que a informação afetada relativamente a cada cliente "pode variar", mas, até ao momento, não havia indicação de que dados de pagamento fossem exfiltrados pelos hackers. 

Rede do Estado Maior General das Forças Armadas terá sofrido novo ataque informático
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Também no final de setembro, o Centro Nacional de Cibersegurança (CNC) confirmou “indícios de ataques informáticos à rede administrativa do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA)”, estando o Ministério Público (MP) a investigar o cibercrime.

Este é o segundo ataque contra o EMGFA registado em menos de um mês, com o primeiro a ser noticiado a 8 de setembro. Descrito como “um ciberataque prolongado e sem precedentes", nele documentos da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO na sigla em inglês) foram extraídos e publicados na darkweb.