Nos últimos 20 anos o YouTube tem assistido ao crescimento de uma comunidade gigante, com criadores a moldar a cultura e o entretenimento, para lá daquilo que a Google pensaria. A gigante tecnológica diz que estes criadores, artistas, estúdios e marcas construíram empresas vibrantes que estão a impulsionar uma grande economia. “Já pagámos mais de 100 mil milhões de dólares a criadores, artistas e empresas de media em todo o mundo nos últimos quatro anos”.
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A Google pretende continuar a ajudar os criadores, utilizando ferramentas de inteligência artificial para que os seus vídeos tenham um maior alcance. A grande novidade é a atualização da ferramenta Auto Dubbing, ou seja, a capacidade de traduzir e dobrar o áudio dos vídeos em diversos idiomas, de forma automática. A empresa diz que o tempo de visualização dos vídeos, por exemplo na França ou Alemanha, são cerca de 60% gerados por um público externo. É aqui que entra o Auto Dubbing para quebrar as barreiras linguísticas e transformar os criadores em marcas internacionais, criando conteúdos que todos possam assistir.
Na apresentação que o TEK Notícias assistiu, Buddhika Kottahachchi, product management para o Auto Dubbing, explica que tendo nascido no Sri Lanka, a barreira linguística sempre foi um problema. As melhorias no sistema de dobragem permitem diminuir essa diferença. O YouTube permite, desde dezembro, em alguns canais, criar conteúdos, por exemplo, em indiano, transformar os mesmos em inglês.
Desde que foi lançado em testes, a Google diz que cerca de 60 milhões de vídeos já foram dobrados automaticamente em 20 línguas, em números até agosto de 2025. A plataforma diz que quando um vídeo é dobrado, as visualizações aumentam em cerca de três quartos o tempo que assistiriam na versão original.
O sistema está agora a evoluir para deixar de ser tão robótico, procurando aproximar-se não apenas do tom de voz do autor original, como a sua dicção parece mais humana, pelas amostras apresentadas. O novo salto tecnológico permite adicionar ao sistema funcionalidades de sincronização labial (lip sync), para que as vozes batam certo com os movimentos dos lábios, para que os vídeos não pareçam aqueles anúncios de televendas que passam nas televisões.
Outra novidade é a integração do Veo 3 Fast no YouTube Shorts, para que os criadores possam criar fundos de vídeos ou clipes com som, de forma gratuita. também as novas funcionalidades do Veo permitem aplicar movimento, mudar o estilo de vídeos e adicionar acessórios às suas cenas. O objetivo é usar a IA para ajudar a transformar as cenas em bruto originais num primeiro rascunho de vídeo.
Em breve, a Google vai expandir a sua ferramenta de deteção de semelhanças, permitindo aos criadores detetar e gerir vídeos feitos com IA que utilizem a sua imagem facial. A ferramenta vai estar disponível em breve para todos os criadores do programa de parceiros do YouTube, numa primeira fase de beta aberta.
Para quem não está interessado nos sistemas como a dobragem automática poderá desligar quando quiser. Até agora suporta seis línguas, passando a partir de hoje a 33. Sempre que um vídeo está dobrado por IA, é mostrado no próprio leitor, devido a questões de transparência. O sistema está disponível para todos os criadores parceiros e para os vídeos que já tenham passado no sistema de validação de direitos de autor da plataforma. Quanto ao programa-piloto relativo à sincronização labial, este vai chegar nas próximas semanas.
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