Depois de ter abanado o mundo da tecnologia, e não só, com o ChatGPT e a disponibilização do potencial da Inteligência Artificial Generativa, a OpenAI quer agora entrar na área das pesquisas, onde a Google domina com o seu motor de busca que tem mais de 90% de quota de mercado, apesar da concorrência de outras empresas, como a Microsoft com o Bing, a Yahoo, DuckDuckGo e o Brave, entre outros.

O SearchGPT ainda é só um "protótipo temporário", como explica a OpenAI, e tem novas funcionalidades que devem garantir respostas rápidas e "de fontes claras e relevantes". Para já são conhecidos acordos com a Associated Press, News Corp e Axel Springer.

O acesso ainda é limitado a um grupo restrito de utilizadores e publishers e há uma lista de espera para experimentar o novo modelo.

SearchGPT
SearchGPT

A ideia é que a pesquisa possa ser feita de uma forma mais natural e intuitiva, com links para as fontes utilizadas na resposta e uma apresentação mais visual.

Entre os exemplos estão as pesquisas por festivais de música, os Jogos Olímpicos de Paris e até a plantação de tomates.

"Obter respostas na web pode exigir muito esforço, e muitas vezes obriga a várias tentativas para ter resultados relevantes. Acreditamos que ao melhorar as capacidades conversacionais do nosso modelo com informação em tempo real da web pode encontrar o que procura de forma mais rápida e fácil", explica a OpenAI.

Veja o vídeo com os exemplos já apresentados

A OpenAI diz que vai trabalhar com os publishers para ter citações mais relevantes e links nas pesquisas. "As respostas têm atribuição clara, em linha, e links, para os utilizadores perceberem a origem da informação e poderem rapidamente ligar-se a mais resultados na barra lateral com as fontes desses links", indica a OpeAI.

A Google tem vindo a fazer várias modificações aos seu motor de busca e à forma como apresenta resultados, com modelos mais conversacionais e apresentação de respostas em sumários, em vez de apenas listas de páginas, e a Microsoft também está a integrar o seu Copilot no Bing e no browser, para acesso mais rápido.

No início o ChatGPT foi criticado por não apresentar as fontes de informação utilizadas para as respostas, e por treinar o modelo com conteúdos de vários sites sem pedir autorização, e a OpenAI enfrentou mesmo alguns processos judiciais que acabou por resolver fora do tribunal.

As aplicações para smartphones e a integração das funcionalidades dos modelos de IA generativa diretamente nas várias ferramentas de mensagens e de interação, assim como nos browsers, são vistas como um dos caminhos para que os utilizadores possam tirar mais partido destes assistentes para obter respostas, sumários de páginas e documentos e novas ideias de textos e apresentações, entre outras.

Não é claro o caminho que a OpenAI quer fazer com o SearchGPT, mas a empresa indica que este protótipo está ainda em testes e que é temporário. "Planeamos integrar as melhores funcionalidades diretamente no ChatGPT no futuro", diz a empresa de Sam Altman.

Ainda ontem a Google anunciou novidades para o Gemini, com o modelo Flash 1.5 integrado na versão gratuita da aplicação para dar respostas mais rápidas e com mais contexto.