Max Tegmark, presidente do Future of Live Institute defendeu na sessão de abertura do Web Summit em Lisboa que é necessário estabelecer regras de segurança em relação ao desenvolvimento da Inteligência Artificial, à semelhança do que foi feito para a saúde e a aviação. E garante que isso não vai travar a inovação. "As empresas que estão a desenvolver a tecnologia vão começar a inovar para seguir esses padrões", justifica. 

O professor e investigador na área de IA e de física no MIT defende o uso positivo da tecnologia. "Temos de dizer aos políticos que temos de ter standards de segurança [...] temos normas de segurança para medicamentos, para aviões, por isso nos sentimos tão seguros", afirma, dizendo que uma ferramenta tem de ser encarada como uma ferramenta, com normas de aplicação e proteção de segurança. "Quem quiser desenvolver a AGI tem de parar e voltar aos standards".

Questionado sobre a forma como as grandes potências estão a encarar a tecnologia, diz que "Há uma corrida suicida para conseguir a AGI [Inteligência Artificial Geral]" e que os riscos são elevados.

Acho que os EUA e a China irão perceber que só precisam de fazer com que nenhuma das suas próprias empresas perca o controlo sobre alguma AGI” e, depois de compreenderem isso, colocarem regras de segurança.

Com a chegada de outros "seres" inteligentes a humanidade precisa de repensar o conceito de "homo sapiens", defendeu ainda Max Tegmark, presidente do Future of Live Institute. "Temos de pensar o que queremos que a IA faça, e o que queremos delegar, e não é tudo", sublinha.

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