Em 2016, Ignacio Costa sofreu um acidente enquanto fazia surf na costa da Cantábria. Depois da experiência que quase lhe custou a vida, o surfista espanhol apercebeu-se que os desportos aquáticos não têm um equipamento de segurança avançado e eficaz que permita impedir afogamentos. Assim decidiu criar o WUANAP, um colar salva-vidas inteligente concebido para pessoas de quase todas as idades e para ser usado em qualquer atividade na água, exceto mergulho.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os afogamentos são a terceira causa de morte acidental em todo o mundo. Estima-se que sejam responsáveis pela perda de 372 mil vidas todos os anos, totalizando cerca de 42 mortes por hora. Em Portugal, os dados do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS) revelam que só no primeiro semestre de 2020 já morreram 64 pessoas afogadas, mais 20 do que no mesmo período em 2019.

O WUANAP integra um sistema informático, que tem uma motherboard com sensores coordenados por um algoritmo, para detetar quando uma pessoa está com dificuldades dentro de água e ativar um sistema de flutuação, permitindo ao utilizador manter o queixo, o nariz e a boca acima da superfície e respirar, mesmo quando está inconsciente.

Existem várias situações nas quais o sistema de flutuação é ativado: em casos de inconsciência, imobilidade, ataques de pânico, convulsões ou apneia. O colar pode ainda ser insuflado quando o botão de pânico manual é pressionado ou quando o utilizador grita debaixo de água. O sistema lança depois um sinal SOS para os utilizadores que se encontrem nas proximidades e para as autoridades de segurança.

O colar salva-vidas inteligente está ligado a uma aplicação para smartphone e, através dela, os utilizadores podem ainda monitorizar o seu desempenho desportivo. O WUANAP chega ao mercado na Primavera do próximo ano, mas vai estar disponível numa quantidade limitada na plataforma Indiegogo, podendo ser comprado com 40% de desconto, com preços entre os 160 e os 199 euros.