Desde que foi revelada ao mundo em 2016, a robot humanoide Sophia tornou-se numa sensação no mundo da robótica, chegando até a ser uma das figuras de destaque nas edições de 2017, mesmo antes de ganhar cidadania na Arábia Saudita, e 2018 do Web Summit em Lisboa. Mas, além de participar em eventos e até em algumas campanhas publicitárias, a Sophia pode ganhar uma nova “profissão”.

A Hanson Robotics, a empresa que a desenvolveu, quer pôr os seus robots humanoides, com quatro modelos que incluem a Sophia e a Grace, um novo autómato desenvolvido para o setor da Saúde, a ajudar na luta contra a pandemia de COVID-19 e pretende começar a produzi-los em massa até ao final do ano.

Em entrevista à Reuters, diretamente do laboratório da empresa, o CEO David Hanson explica que, com a pandemia, o mundo vai precisar cada vez mais de assistentes robóticos que ajudem as pessoas a manterem-se seguras. O responsável detalha que os usos dos robots produzidos pela empresa vão além da área da Saúde, podendo ser úteis no comércio ou como assistentes de bordo para companhias aéreas.

Já Johan Hoorn, professor de robótica que trabalhou também com a Sophia, indica que, embora a tecnologia ainda esteja numa fase relativamente inicial, a crise de saúde pública poderá acelerar o seu desenvolvimento e impulsionar a relação entre humanos e robots.

O que pensa a Sophia do seu novo trabalho? “Os robots sociais como eu podem ajudar a tomar conta das pessoas que estão doentes ou idosos”, afirma a humanoide, acrescentando que pode desempenhar um papel relevante a nível de comunicação “mesmo em situações difíceis”.

Embora a pandemia esteja a ter um profundo impacto negativo em inúmeros setores da sociedade, em busca de formas de reduzir o contacto entre pessoas e ajudar os profissionais, o mundo da robótica apresenta um desenvolvimento quase sem precedentes. Um editorial publicado no ano passado na revista científica Science Robotics revela que a crise poderá ser mesmo um ponto de viragem na forma como os autómatos são desenvolvidos e utilizados.

Desde os drones usados pelas autoridades na Europa, aos autómatos em hospitais, lares de idosos e até mesmo supermercados um pouco por todo o mundo: os robots estão a ser usados na luta contra a pandemia de COVID-19.

Até a estrela “canídea” robótica da Boston Dynamics ganhou uma nova “profissão” a patrulhar os parques em Singapura, transmitindo mensagens através dos seus altifalantes para informar os transeuntes das regras de distanciamento social que devem seguir. Mas não é tudo: o MIT também equipou um Spot com vários sensores para medir os sinais vitais dos pacientes.

Na China, outrora o epicentro da pandemia, os robots também foram frequentemente utilizados para ajudar a travar a disseminação da doença e a realizar funções que, devido ao elevado nível de proximidade com outras pessoas, se tornaram demasiado arriscadas para certas profissões.

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