A Nothing conseguiu completar uma nova ronda de financiamento de 200 milhões de dólares e já adiantou detalhes sobre como pretende aplicar o dinheiro. A tecnológica britânica promete centrar-se no desenvolvimento de uma nova geração de dispositivos com IA nativa, a correr em “sistemas operativos bastante diferentes daqueles que existem hoje”.

Os primeiros dispositivos de IA nativos da marca devem ser lançados já no próximo ano. A promessa foi deixada Carl Pei, CEO da Nothing, no comunicado que dá nota do novo investimento captado, que atira a valorização da empresa para 1,3 mil milhões de dólares.

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Na mesma nota, o responsável revela que a Nothing está a desenvolver um sistema operativo de IA que vai permitir experiências “hiperpersonalizadas”, porque é isso que a IA tem para acrescentar aos dispositivos de navegação pessoal e é para potenciar esse valor que a startup promete trabalhar nos próximos anos.

“Para que a IA alcance todo o seu potencial, o hardware de consumo deve reinventar-se a par dela. É essa a oportunidade que vemos para a Nothing”, refere Carl Pei na nota publicada no site da empresa. “Vemos um futuro em que os sistemas operativos serão significativamente diferentes dos atuais. Cada sistema conhecerá profundamente o seu utilizador e será hiperpersonalizado para cada indivíduo”.

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Neste mundo imaginado por Carl Pei, as interfaces vão adaptar-se a cada contexto e necessidade e agentes de IA estarão prontos para executar as sugestões que deram e que aceitamos. “O sistema tratará do que não é essencial para nós”, diz, e “ao contrário da solução única atual, mil milhões de sistemas operativos diferentes vão ser criados para mil milhões de pessoas diferentes”.

Este tipo de sistema operativo será transversal a todos os formatos, mas a Nothing já adianta que vai começar pelos smartphones, produtos de áudio e relógios inteligentes. No futuro, acredita que o seu sistema operativo nativo em IA será implementado em óculos inteligentes, robots humanoides, veículos elétricos e “tudo o que vier a seguir”.

Uma empresa como a Nothing está em vantagem para criar esta ligação por “possuir o ponto de distribuição final com todo o seu conhecimento contextual e do utilizador”, defende ainda o CEO da tecnológica que se destacou pelo design minimalista e sofisticado dos produtos e pela experiência no seu Nothing OS, baseado em Android.