
O mercado dos smartphones registou uma estagnação no segundo trimestre do ano. Na análise preliminar da IDC, o mercado registou ainda assim um ligeiro crescimento, de 1%, apontando a incerteza global e uma fraca procura na China. A consultora diz que os fornecedores continuam a pressionar preços mais elevados para compensar o abrandamento da distribuição de unidades, oferecendo IA em modelos mais acessíveis.
Nas métricas da Canalys, o mercado global de smartphones caiu 1% no segundo trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. Para a consultora, este foi a primeira queda do mercado nos últimos seis trimestres. Ainda assim, diz que este recuo marginal reflete a estabilidade das performances dos fornecedores em relação ao posicionamento mais cauteloso dos consumidores, da incerteza e da volatilidade do ambiente macroeconómico global.

De acordo com a IDC, foram distribuídos globalmente 295,2 milhões de unidades, no aumento de 1%. A inflação em algumas regiões, a instabilidade do forex e outros desafios macroeconómicos foram responsáveis pelo abrandamento, ainda que positivo do mercado. Esta incerteza económica, segundo o analista Nabila Popal da IDC, os modelos Android de gama de entrada registam uma crise com peso sobre o crescimento geral do mercado. Também contribuiu a performance na China, mais baixa que o esperado.
Já o analista da Canalys, Runar Bjørhovde, aponta a continuidade na fraca procura do consumidor, mas ainda assim a maioria das fabricantes apresentou performances estáveis e resilientes. Muitas fabricantes foram obrigadas a cortar os seus objetivos de produção para evitar stock excessivo. Por outro lado, nos Estados Unidos, as ameaças nas tarifas incentivaram as fabricantes, como a Apple, Samsung e a Lenovo (Motorola) a manter um stock elevado.
A Samsung continua a liderar o mercado e a que mais cresceu no último ano, com um aumento de 7,9%, com uma quota de 19,7%, registando 58 milhões de unidades. “A Samsung foi capaz de consolidar a sua liderança de mercado e superar o mercado global, alcançando um crescimento forte no trimestre, conduzido pelas vendas dos seus produtos Galaxy A36 e A56”, destaca Francisco Jerónimo, vice-presidente de Client Devices da IDC. Salienta que estes novos produtos introduzem funcionalidades de IA a equipamentos de gama média, que ajudaram a aumentar as vendas, “uma vez que mais consumidores se tornaram curiosos sobre a IA”.

Numa nota paralela, na sua conta do LinkedIn, Francisco Jerónimo reforça a liderança da Samsung, projetando o bom momento para o terceiro trimestre com o lançamento dos recentes dobráveis Galaxy Z Fold7, Galaxy Z Flip7 e Flip7 FE.

Olhando para o Top 5 da IDC, a Apple surge no segundo lugar com 15,7% da quota, distribuindo 46,4 milhões de unidades, com um crescimento anual de 1,5%. A Xiaomi assume o terceiro lugar, com 14,4% da fatia, numa distribuição de 42,5 milhões de unidades, mas com apenas 0,6% de crescimento. A vivo cresceu 4,8%, mantendo-se no quarto lugar com 9,2% do mercado, tendo colocado nas lojas 27,1 milhões de unidades. A lista fecha com a Transsion, que já tem 8,5% da quota, com 25,1 milhões de unidades distribuídas, embora tenha registado uma quebra de 1,7%.
A análise da Canalys é um pouco diferente, colocando as mesmas fabricantes na liderança do segundo trimestre, mas com a Transsion a assumir o quarto lugar e a Oppo (que inclui a OnePlus) no quinto lugar, ambas com 9% de conta do mercado.

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