A Ultrahuman anunciou que conseguiu completar com sucesso uma nova ronda de capital de 35 milhões de dólares. Em 2021, a empresa indiana de wearables tinha já angariado outros 17,5 milhões de dólares.

Com esta nova ronda espera reunir recursos para fazer disparar o negócio e a sua presença no segmento dos anéis inteligentes e outros acessórios de monitorização de parâmetros de saúde e bem-estar. Em entrevista ao TechCrunch desvendou alguns dos trunfos que pretende usar para destronar a Oura, que lidera o segmento dos anéis inteligentes.

Mohit Kumar, fundador da startup, assume a ambição de roubar a liderança do mercado à Oura nos próximos 12 a 15 meses. Para já garante que é a segunda empresa em todo o mundo que mais vende este tipo de wearables.

Uma das estratégias para chegar ao topo vão ser parcerias com lojas em aeroportos de Xangai e Singapura, ou na megastore da Virgin no Dubai com o mesmo objetivo: dar a hipótese aos possíveis compradores de experimentarem antes de comprarem.

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E o que pode ter quem usa um acessório destes? A app associada tem várias funções, que permitem monitorizar a qualidade do sono, a atividade física e diversos parâmetros de saúde e bem-estar. A Ultrahuman quer dar acesso a algumas destas funcionalidades sem um modelo de subscrição (pago) associado, como faz a sua concorrente.

O primeiro anel inteligente da empresa, o Ring, foi lançado em julho de 2022. No ano passado foi apresentado o sucessor, o Ring Air, mais fino. Foi mostrado também em junho. Tem um design renovado que a empresa acredita ser mais do agrado das mulheres e é o principal trunfo para chegar rapidamente aos 100 mercados onde startup quer estar.

As mulheres são também os principais destinatários de algumas funcionalidades adicionadas recentemente ao Ring Air, como um modo de gravidez e informações sobre o ciclo menstrual, que vão dando indicações sobre cada fase para quem quer engravidar.

O Ring recolhe ainda dados que são convertidos em informações gerais sobre alterações hormonais que podem afetar o sono, a recuperação da atividade física ou outros parâmetros monitorizados pelo anel.

Recentemente foi também lançado um serviço de análises ao sangue. O BloodVision permite pedir análises ao sangue em diferentes cidades na Índia já. O serviço pode ser solicitado carregando num botão na app. Um técnico vai a casa e faz a recolha. Os resultados vão para a app e são mostrados numa interface que simplifica a compreensão dos biomarcadores e aconselha melhorias nas áreas onde os resultados possam ser mais fracos.

A empresa está ainda a preparar novos produtos como um monitor de saúde doméstico, anunciado em janeiro e com lançamento previsto para junho, que conta com sensores para monitorizar diferentes parâmetros, incluindo elementos externos com potencial influência na saúde do utilizador, como a qualidade do ar, ou o nível de exposição à luz (se puder prejudicar o sono), entre outros.

A startup tem também um dispositivo para medir o nível de açúcar no sangue e acredita que o futuro passará pela combinação de vários dispositivos que façam destes gadgets cada vez mais um elemento de controlo preventivo de problemas de saúde, a complementarem-se entre si.

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Recorde-se que são várias as empresas que estão na "corrida" dos anéis inteligentes, à qual se juntou recentemente a Samsung. A marca tinha aproveitado o último Galaxy Unpacked para levantar a ponta do véu sobre o wearable e, na mais recente edição do Mobile World Congress, mostrou-o ao mundo, dando também a conhecer mais sobre a sua visão para uma nova plataforma de saúde.