A FaceApp volta a estar no centro da polémica, depois de ter levantado dúvidas acerca da utilização indevida dos dados dos utilizadores em julho deste ano. Em resposta a uma carta enviada pelo senador democrata Chuck Schumer nesse mês, o FBI indicou que considera que a criação da Wireless Lab é uma “potencial ameaça de contraespionagem”, à semelhança de todas aplicações que foram desenvolvidas na Rússia.

Embora não existam provas concretas de que os criadores da aplicação estão a utilizá-la para providenciar informação acerca dos seus utilizadores ao Executivo de Vladimir Putin, o FBI elucida que as capacidades de “ciber-exploração” do serviço de inteligência russo são “robustas”. As leis do país permitem à entidade aceder remotamente “a todas as comunicações e servidores sob redes russas sem necessitar de fazer um pedido às empresas fornecedoras de acesso à Internet”.

A recém-implementada lei que tem em vista a criação de “uma internet soberana” da Rússia é outra das preocupações do FBI. Através da regulamentação, as ISP são obrigadas a instalar hardware que permita às autoridades governamentais localizar e bloquear tráfego web , noticiou a BBC.

FaceApp está de volta e garante que não guarda as fotografias. Vamos acreditar?
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Lançada em 2017, a FaceApp ressurgiu no verão deste ano quando o desafio #OldFaceChallenge inundou as redes sociais de inundadas de fotografias de anónimos, influencers e celebridades que a tinham usado para ver como será a sua aparência daqui a 50 anos. Na altura, não faltaram avisos sobre os riscos para a privacidade, mas isso não diminuiu o interesse dos utilizadores. A aplicação conta atualmente com mais de 2 milhões de downloads na Play Store e 800 mil classificações na App Store.