Uma recente investigação da Check Point revela que há uma nova família de software malicioso para Android que se está a tentar infiltrar na Play Store da Google. Os investigadores dão a conhecer que o malware Tekya estava presente em 56 aplicações, sendo 24 delas jogos para crianças, as quais contavam já com 1 milhão de instalações. A Google já foi notificada e já as removeu da loja digital.

Os especialistas indicam que, para conseguir disseminar o Tekya, os hackers criaram versões falsas de aplicações legítimas, desde ferramentas de tradução e leitores de PDF, a puzzles, jogos de corridas ou de culinária direcionados para os mais novos. Entre as aplicações visadas, encontram-se ofertas de programadores como Caracal Entertainment, Leopardus Studio, Biscuit Ent, Titanyan Entertainment ou MajorStudioX.

Investigação Check Point
Exemplo de aplicação que continha o malware Tekya. créditos: Check Point

De acordo com a investigação da empresa de cibersegurança, o Tekya usa código nativo para contornar os mecanismos de segurança da Google. O malware recorre a um mecanismo do Android chamado MovtionEvent para “imitar” o comportamento do utilizador e clicar em anúncios, gerando assim lucro de forma fraudulenta.

Investigação Check Point
Exemplo de aplicação que continha o malware Tekya. créditos: Check Point

A Check Point afirma que o incidente volta a demonstrar que, apesar de todos os esforços da Google para conter a presença de software malicioso, a Play Store ainda é um local onde as aplicações com malware prosperam. Existem mais de 3 milhões de aplicações na loja digital da gigante tecnológica e, com centenas de novas ofertas publicadas diariamente, torna-se cada vez mais difícil de garantir a segurança.

Numa altura em que passar mais tempo em casa tornou-se na nova realidade para muitas famílias devido à pandemia de COVID-19, as aplicações para smartphone e tablet são uma forma de entreter os mais novos. No entanto, os investigadores da Check Point recomendam atenção redobrada. Se tiver uma das aplicações sinalizadas como malware deve eliminá-la imediatamente e apostar na proteção do dispositivo com um software de segurança.

Recorde-se que no início de 2020, da Bitdefender descobriram que existiam 17 aplicações na Google Play Store que “bombardeavam” os utilizadores com anúncios, os quais esgotavam rapidamente a bateria do seu smartphone ou tablet. As aplicações enquadram-se no âmbito do Adware e utilizaram estratégias geralmente associadas a malware para se infiltrar na plataforma da gigante de Mountain View.

550 mil utilizadores instalaram aplicações da Play Store com adware que “esgota” baterias
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As aplicações que contavam ao todo com mais de 550.000 instalações conseguiram escapar ao escrutínio dos critérios de seleção da Google ao cumprir as funcionalidades que prometiam. Entre elas encontravam-se videojogos de corridas de automóveis assim como diversos utilitários. Após a descoberta, a Bitdefender notificou a Google, que as removeu prontamente.

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