O Facebook lançou uma nova iniciativa chamada Mapwith.ai, que como indica, pretende a criação de um mapeamento a nível mundial, recorrendo a inteligência artificial. As comunidades de entusiastas de mapas também recebem ferramentas para ajudar a criar um mapeamento mais rápido e eficaz. A rede social explica que a IA permite prever elementos gerados pelas imagens de satélite em alta-resolução.

A inteligência artificial analisa as imagens e utiliza-as para alimentar a ferramenta RapiD de edição do mapa. Esta será utilizada nas diversas iniciativas de mapeamento da comunidade, a uma escala global.

No blog de desenvolvimento, o Facebook explica que criar mapas atualmente com grande assertividade é um processo moroso e manual, mesmo com o acesso a imagens de satélite e software de mapeamento. Regiões como os países subdesenvolvidos continuam por mapear, e é com o objetivo de os trazer para o mapa que a empresa quer utilizar as tecnologias de deep learning.

tek map with ia

Nos planos da empresa estão treinos semanais de previsão de redes de estradas analisadas através das imagens de satélite. O modelo resultante pretende estabelecer novos padrões de exatidão dos mapas.

Mas então qual é o papel da comunidade? Segundo o Facebook, a ideia é criar uma espécie de Wikipedia, mas de mapas. Através da ferramenta Map With AI, os mapas podem ser editados, revistos, verificados e ajustados pelos próprios membros sempre que necessário. O sistema já foi utilizado para preencher os “buracos” nas estradas não mapeadas na Tailândia, ou seja, cerca de 300 mil milhas registadas. O projeto foi concluído em 18 meses, menos de metade do tempo que seria necessário para executar o mesmo trabalho manualmente com uma equipa de 100 mapeadores experientes.

O Facebook tem também o objetivo de cruzar outras ferramentas da rede social, tais como o Marketplace e Local, para servir os utilizadores com maior assertividade. O mapa irá também ajudar a criar filtros de densidade populacional, melhorar a resposta das forças de intervenção em caso de desastres naturais, planeamento urbano, entre outras utilizações, explica no comunicado.