O projeto Material Hospitalar é uma das muitas iniciativas desenvolvidas pelo tech4COVID19 para ajudar o país na luta contra a pandemia de COVID-19. O movimento dá agora a conhecer que foram entregues mais de 5.000 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) produzidos em Portugal às Administrações Regionais de Saúde.

A campanha de angariação de fundos STOP COVID-19 permitiu financiar a produção de 3.000 fatos de proteção e mais de 2.150 batas cirúrgicas pela CLOTHE-UP, uma empresa de desenvolvimento têxtil em Guimarães. O movimento revela em comunicado que a produção permitiu mobilizar mais de 100 colaboradores e evitar lay-offs.

De acordo com Felipe Ávila da Costa, porta-voz do tech4COVID19, o objetivo de apoiar os profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde está a ser cumprido ao mesmo tempo que o movimento está a ajudar a dinamizar a economia nacional e a manter postos de trabalho. Ao todo, a angariação de fundos na plataforma GoParity já reuniu mais de 208 mil euros e permitiu anteriormente a compra de 108.000 máscaras de proteção FFP2 e 2.100 viseiras.

Ao longo do mês de abril, o projeto Material Hospitalar entregou ao todo 170.000 luvas, 14.000 cobre-sapatos, 5.000 toucas cirúrgicas, 2.100 óculos de proteção e 120 litros de álcool. A vasta maioria dos bens foram doados por institutos científicos como o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro, o Instituto Gulbenkian de Ciência, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica e o Centro de Investigação Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.

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O movimento indica ainda que empresas como a Novartis, a Critical Software e a UPTEC também se juntaram à causa e estão a financiar a compra de máscaras no exterior e a produção de EPIs em Portugal. O tech4COVID19 explica que uma das doações de 190.000 máscaras de proteção FFP2 vai chegar a Portugal já na próxima semana.

Recorde-se que em março, Liliana Pinho, coordenadora de comunicação do tech4COVID19, tinha indicado ao SAPO TEK que a cargo do projeto Material Hospitalar está uma equipa de 200 pessoas dedicadas a dar resposta, em articulação com o Estado, às necessidades urgentes de equipamentos médicos no país. A iniciativa tem também o apoio da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Enfermeiros, havendo também uma interlocução com o Infarmed para garantir a certificação dos materiais entregues às instituições.