A Anacom divulgou os números de reclamações referentes a julho para os serviços de comunicações em Portugal. Segundo o regulador, foram registadas 13,4 mil reclamações, mais 10 mil que no ano passado, num aumento de 36%. O número corresponde também ao mais elevado dos últimos 12 meses, com as reclamações a subirem desde que foi declarada a emergência nacional devido à pandemia de COVID-19.

Segundo a reguladora, o meio mais utilizado para reclamar continua a ser o livro de reclamações eletrónico, que registou cerca de 8,2 mil queixas em julho de 2020 face a 4,5 mil anotadas em julho de 2019 (+85%), o que se terá devido ao efeito das medidas de reação à pandemia COVID-19 e à maior utilização de serviços de comunicações neste período de isolamento. Os livros físicos de reclamações registaram cerca de 3,5 mil queixas em julho de 2020, menos 22% do que em julho do ano passado, que a Anacom justifica como um reflexo ainda do impacto das medidas adotadas em resposta ao coronavírus, mas avança que a sua utilização tem vindo a recuperar desde o fim do estado de emergência.

Em relação aos meios que a ANACOM disponibiliza (correio, e-mail e telefone) passaram de 994, em julho de 2019, para 1,7 mil, em julho de 2020, o que representa um aumento de 72%.

tek anacom

Relativamente ao sector das comunicações eletrónicas, houve um aumento de 94% em julho de 2020, diz a Anacom, passando das 2,7 mil para 5,3 mil reclamações face ao mesmo período do ano passado. A reclamações nas comunicações eletrónicas representam 65% do total de queixas na plataforma. A reguladora afirma que apesar de todas as principais operadoras terem aumentado significativamente as suas reclamações, foi a MEO que recebeu mais queixas, ou seja 36%.

Os assuntos com mais queixas foram a gestão dos contratos pelos utilizadores, o cancelamento de serviços e as avarias. As que mais aumentaram foram as reclamações sobre as avarias e a ligação inicial de serviços fixos.