A fase principal do leilão do 5G, que decorre desde o dia 14 de janeiro, avançou para o seu 92º dia. Nas sete rondas de hoje, as licitações das operadoras atingiram os 310,763 milhões de euros, um valor que representa uma subida de 1,584 milhões de euros em relação ao dia anterior.

Ao todo, a soma de ambas as fases do leilão, incluindo a fase reservada a novos entrantes que terminou a 11 de janeiro, resulta num valor que ultrapassa os 395 milhões de euros, superando largamente o preço de reserva o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões e também o encaixe de 372 milhões gerado pelo leilão do 4G em 2011.

Através dos mais recentes dados da Anacom é possível observar que voltam apenas a existir alterações em relação às propostas da faixa dos 3,6 GHz, onde a vasta maioria dos lotes vale mais de 4 milhões de euros e até quatro deles já ultrapassaram a marca dos 5 milhões. Hoje registam-se subidas em 12 dos 40 lotes disponíveis nesta faixa nativa do 5G.

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Face ao preço de reserva, há uma dinâmica de crescimento que leva a aumentos a rondar no máximo os 312%, como é o caso do lote J20, ultrapassando a valorização registada nos dois primeiros lotes da faixa dos 2,6 GHz. Até agora, a faixa dos 2,1 GHz é a que mais aumentou de preço, valorizando mais de 400%.

Fora de mudanças, os preços de licitação dos lotes das faixas dos 700 e 900 MHz continuam nos 19,2 e 6 milhões de euros desde o início da fase principal. Na faixa que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT um dos lotes ainda não recebeu qualquer oferta.

O regulamento estipula que o leilão só terminará quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação e a atribuição das licenças. Porém, com a fase principal a aproximar-se a par e passo dos 100 dias, o objetivo de lançar serviços comerciais de 5G no primeiro trimestre de 2021 ficou por cumprir.

Recorde-se que, para evitar o prolongamento excessivo do processo, a Anacom apresentou em abril  uma proposta de alteração das regras. A decisão não foi bem recebida pelas operadoras e tanto a Altice Portugal, como a NOS e a Vodafone se manifestaram negativamente, criticando a atitude da entidade reguladora e ameaçando com processos em tribunal.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 18h49)