A popularidade da Zoom continua a aumentar apesar dos sucessivos incidentes de segurança. Numa altura em que o número de utilizadores diários atingiu a marca dos 300 milhões, um relatório do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos alerta para a possibilidade de a plataforma ser utilizada por serviços de espionagem de governos internacionais.

O documento dá a conhecer que a súbita e intensa utilização da plataforma de videoconferências por entidades dos setores públicos e privados em combinação com o elevado número de incidentes de segurança cria um ambiente propício à intrusão de espiões. “Qualquer organização que recorre à Zoom ou que está a planear fazê-lo deve considerar os riscos da sua utilização”, indica o relatório a que a ABC News teve acesso.

Entre os riscos encontrados pelos analistas do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos estão possíveis ameaças vindas da China. “O acesso do país aos servidores da Zoom pode fazer com que os utilizadores norte-americanos dos setores públicos e privados sejam um alvo”, explica o relatório.

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Os analistas afirmam que as vulnerabilidades da plataforma de videoconferências podem também ser exploradas por outros países. Além disso, os hackers podem aproveitar-se das falhas de segurança para infetar os dispositivos dos utilizadores com malware e para expor as suas informações privadas.

À ABC News, um porta-voz da Zoom assegurou que a empresa está a pôr em prática várias medidas de segurança robustas para impedir o acesso não autorizado aos dados dos utilizadores. O representante sublinhou ainda que a empresa tem um sistema que garante que os dados dos utilizadores fora da China não passam pelo servidor que se encontra no país.

O relatório do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos surge após o FBI ter alertado para os perigos de cibersegurança na Zoom no início de abril. O Departamento Federal de Investigação recebeu múltiplas queixas de utilizadores cujas videoconferências na Zoom foram interrompidas por imagens pornográficas e de ódio com linguagem ameaçadora.

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A prática de Zoombombing tem vindo a tornar-se cada vez mais frequente, chegando até a impedir o funcionamento normal das aulas à distância em Portugal e levando a Fenprof a fazer queixa à Procuradoria-Geral da República. A Polícia Judiciária conseguiu identificar o responsável pelas disrupções e apagou todos os conteúdos acerca dos incidentes que foram publicados na Internet

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