Há cerca de 22 mil objetos a orbitar o planeta Terra. Nos números identificam-se satélites partidos e pedaços de aeronaves espaciais, equipamentos descartados por astronautas desde o início da vida humana no espaço e centenas de outras coisas. Se decidirmos incluir todo o "lixo" que está a orbitar o planeta, rapidamente chegamos a, pelo menos, um milhão de elementos.

Com novos satélites a serem lançados diariamente, aumenta também o risco de colisão espacial, o que faz aumentar, em consequência, a fragilidade das nossas redes e serviços na Terra. Por vezes, um choque desta natureza pode apenas significar que não conseguimos abrir a app do Google Maps em condições, por outras, o erro pode custar a descolagem de um avião a uma companhia aérea.

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Uma das soluções idealizadas para o problema nasceu do conjunto académico Gateway Earth Development Group. A ideia consiste em erguer uma nova estação espacial com capacidade para integrar um centro de reciclagem espacial, que se encarregará de reformar o lixo reutilizável que existe a pairar em torno da Terra.

A comunidade científica considera que a órbita de baixa-altitude está sobrelotada de lixo. A maior parte dos objetos que lá são lançados nunca é recolhida e a ideia de reciclar objetos que já se encontram no espaço tem potencial para baixar ainda mais os custos envolvidos nas missões ao grande vazio. Satélites reciclados podem servir as agências com algumas peças ao passo que o lançamento de um nova edição, com ligeiras melhorias, nunca antes poderia ser tão barato, graças aos desenvolvimentos que podem ser feitos na própria estação.

A montagem de um destes serviços pode custar até 8 mil milhões de euros.