Ao longo dos últimos anos, a preocupação dos Estados Unidos em relação à possibilidade dos drones usados pelas suas agências governamentais estarem a ser usados pelo governo chinês para espiar o país tem vindo a crescer. Agora, uma nova investigação do Pentágono revela que dois modelos dos modelos de drones fabricados pela DJI são aparentemente mais seguros do que se pensava.

De acordo com um relatório a que o jornal The Hill teve acesso, a análise realizada pelo Pentágono permitiu verificar que “não existe código malicioso” nos dois modelos de drones usados pelo Departamento do Interior dos Estados Unidos, significando que poderão ser utilizados por entidades governamentais do país.

Em declarações ao jornal, Adam Lisberg, porta-voz da DJI, afirma que o relatório se apresenta como “a mais forte confirmação” daquilo que a empresa tem vindo a defender ao longo dos últimos anos: “os drones da DJI são seguros para operações governamentais e empresariais”.

No início de 2020, o Departamento do Interior do Estados Unidos deu a conhecer que estava a planear suspender o uso de uma frota de quase 1.000 drones após ter determinado que existia um risco elevado de espionagem por parte do governo chinês, uma medida que veio depois a concretizar-se.

Ainda em outubro de 2019, o Departamento do Interior tinha suspendido temporariamente o uso de cerca de 810 drones que tinham sido fabricados na China ou que continham componentes chineses até que fosse realizada uma análise completa aos seus riscos de segurança. Em 2017, o Exército norte-americano emitiu uma diretiva que bania o uso de drones produzidos pela DJI.

Note-se que o resultado da mais recente investigação do Pentágono não significa uma possível saída da DJI da “lista negra” do Departamento do Comércio do país, da qual faz parte desde dezembro de 2020. Além disso, tal como avança a Associated Press, o Congresso estará a considerar uma lei que poderá impedir a compra de drones chineses pelo governo durante cinco anos contados a partir de 2023.

DJI foi adicionada à “lista negra” dos Estados Unidos. Fabricante quer continuar a vender drones no país
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Recorde-se que a fabricante chinesa foi colocada na lista por ser cúmplice “de abusos dos direitos humanos em larga escala na China” através de técnicas de “vigilância de alta tecnologia”. A entrada na lista a impede de fazer negócios com empresas norte-americanas e de usar tecnologia produzida nos Estados Unidos.

Na altura, a DJI afirmou em comunicado à imprensa internacional que, embora estivesse desapontada com a decisão do governo norte-americano, os consumidores nos Estados Unidos poderiam continuar a comprar e usar os drones que produz.

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