A duração da fase principal do leilão do 5G já ultrapassa um mês, num processo que superou largamente a duração da fase reservada a novos entrantes no mercado móvel português. Nas seis rondas de hoje, as licitações atingiram os 239,06 milhões de euros, um valor que representa uma subida de 2,368 milhões em relação ao que foi atingido no dia anterior.

A soma das licitações da fase dos novos entrantes, que ultrapassaram os 84 milhões de euros, com as que foram alcançadas hoje na fase principal resulta num valor que já ultrapassou o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões de euros, situando-se na ordem dos 323,414 milhões.

Em linha com os dias anteriores, as únicas mudanças registam-se na faixa dos 3,6 GHz, onde hoje há subidas nas ofertas de 24 dos 40 lotes disponíveis. Verifica-se aqui uma dinâmica de crescimento das propostas que leva a aumentos a rondar, no máximo, os 121% em relação ao preço de reserva.

Recorde-se que a faixa dos 2,1 GHz, onde ocorreu a maior das movimentações até à data, apresenta licitações na ordem dos 10,6 desde 22 de janeiro, num crescimento de mais de 400% face ao preço de reserva de espetro. Na dos 2,6 GHz, o valor das licitações relativas ao primeiro dos lotes alcançou no 24º dia os 9,588 milhões de euros, mais 220% do que o valor inicial de 3 milhões, e as ofertas para o segundo dos lotes da faixa atingiram os 9,132 milhões no 23º dia.

Na faixa dos 700 MHz, o preço de licitação continua nos 19,2 milhões de euros e um dos lotes não recebeu ofertas desde o início da fase principal do leilão. Os quatro lotes disponíveis na faixa dos 900 MHz também não registam alterações em relação ao preço de reserva de 6 milhões de euros. Porém, se as operadoras considerarem que faz sentido para a sua estratégia, podem surgir eventualmente novas propostas.

O regulamento estipula que o leilão só terminará quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação das licenças e, por fim, a atribuição. Só depois é que podem avançar as ofertas comerciais, estando ainda dentro de um horizonte temporal mais alargado que apontava para o primeiro trimestre de 2021.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h52)