Mais de nove meses depois de ter começado, o leilão do 5G em Portugal continua a sua longa travessia. Depois da fase reservada a novos entrantes, a fase principal continua a dar sinais de que a sua conclusão não está para breve. Hoje, nas 12 rondas do 173º dia, as licitações alcançaram os 366,638 milhões de euros, numa subida de 794 mil euros face ao dia anterior.

Através dos mais recentes dados disponibilizados pela Anacom é possível verificar que as alterações voltam a surgir na categoria J da faixa dos 3,6 GHz, sem fugir à tendência dos últimos meses.

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Nesta faixa nativa do 5G, verificam-se hoje subidas de 1% em relação às propostas de oito dos lotes, assim como de incrementos de 2% relativamente às propostas de dois lotes.

Em relação ao preço de reserva, todos os lotes da categoria J da faixa dos 3,6 GHz contam com uma valorização superior a 430%, ultrapassando aquela que tinha sido registada no caso do lote E1, que corresponde à faixa dos 2,1 GHz, outrora considerado como aquele que mais tinha valorizado ao longo do processo.

Aqui destacam-se os lotes J13 e J14, cuja valorização face ao preço de reserva se situa nos 443%. A totalidade do leilão, que inclui a face reservada a novos entrantes, resulta agora um encaixe potencial de 450,989 milhões de euros.

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Recorde-se que, depois de tentar acelerar o processo, duplicando o número de rondas diárias de 6 para 12, a Anacom quer acabar com os incrementos mínimos de valor e obrigar os participantes do leilão a fazerem licitações de maior valor, o que espera que tenha resultados para levar a uma conclusão mais rápida.

Já foi apresentada a proposta, e publicada, seguindo-se uma consulta pública que já terminou, e agora terá ainda de haver lugar a uma decisão final e publicação em Diário da República antes que entre em vigor. Mas a decisão também poderá ser bloqueada em tribunal, já que a Altice avançou com uma providência cautelar para impedir a sua aplicação.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h32)