O mais recente relatório da Mazars indica que a Índia e a China estão nas carruagens dianteiras que lideram o “comboio tecnológico” no que toca ao investimento e implementação de tecnologias transformadoras.

O estudo centrou-se nas perceções de mais de 600 executivos de alto nível de organizações de seis países (China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos) em relação a tecnologias como Inteligência Artificial, Blockchain, Enterprise Resource Planning (ERP), Internet of Things (IoT) e Robotic Process Automation (RPA).

No que respeita à familiaridade com as tecnologias transformadoras o top três é liderado pela China, com 79%. Seguem-se a Alemanha em segundo lugar, com 71%, e a Índia em terceiro, com 69%. A França e o Reino Unido são os países onde os inquiridos se sentem menos familiarizados.

Níveis de familiaridade com as cinco tecnologias por país

Neste ponto Guillaume Devaux, responsável do setor de tecnologia da Mazers indica que, embora os “os líderes percebem o impacto destas tecnologias e têm outros projetos para aumentar o investimento”, existem “áreas preocupantes”.

Os executivos de alto nível de organizações na Índia e a China são os que mais vontade apresentam de aumentar, em pelo menos 10%, o orçamento dedicado às cinco tecnologias. Os dois países apresentam-se também como os que maior probabilidade têm de implementar pelo menos uma das inovações, partilhando as taxas mais altas de adoção das mesmas.

Percentagem de inquiridos que planeiam aumentar o orçamento em TI em todas as tecnologias

A barreira mais referida pelos executivos C-Suite à implementação das tecnologias transformadoras relaciona-se com obtenção dos recursos financeiros necessários. Além disso os inquiridos referem também a procura de talento e competências tecnológicas assim como a maturidade do mercado como impedimentos.

Aos líderes que sentem que a sua organização está a perder caminho, Devaux acrescenta que estes precisam de “descobrir qual a tecnologia que vai criar vantagem competitiva significativa na sua organização”. O responsável lembra ainda que para ocorrer uma transformação bem-sucedida os executivos têm de trabalhar com a equipa da empresa para implementar a sua visão.