A Huawei fechou o seu ano fiscal com motivos para sorrir, e no seu relatório anual referente a 2018, revelou vendas no valor de 94,8 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 19,5% face a 2017. O lucro ainda foi superior, com um crescimento de 25,1%, cifrando 7,8 mil milhões de euros. Um aumento significativo tendo em conta as proibições recebidas de alguns países, instigados pelos Estados Unidos.

A empresa refere que no último ano investiu 13,3 mil milhões em investigação e desenvolvimento, valor que representa 14,1% das receitas de vendas. 2018 ficou também marcado pelo registo de 5.405 patentes junto da World Intellectual Property Organization, o que segundo a tecnológica foi a empresa do mundo que mais pedidos fez.

Guo Ping, chairman rotativo da Huawei justifica o crescimento da empresa pela expansão da tecnologia de comunicação em todos os sectores, desencadeando uma transformação digital. A empresa investiu na inovação do 5G, assim como uma implantação comercial em grande escala. Ainda assim garante que continuará empenhada a construir produtos seguros, confiáveis de alta qualidade, destacando a segurança cibernética e a proteção de privacidade do utilizador como prioridades. Ainda no início de março, a fabricante chinesa abriu um Centro de Transparência e Cibersegurança em Bruxelas, apelando à colaboração de todos para enfrentar os novos desafios relacionados com a cibersegurança, com o desenvolvimento da nova tecnologia baseada em cloud, inteligência, alimentados por software que elevam os perigos de segurança.

Ainda no que diz respeito a balanço de 2018, a fabricante destaca a introdução de soluções inovadores como banda larga doméstica e IoT. A sua área de Enterprise registou um aumento de 23,8% face a 2017, destacando tecnologias ligadas a smart cities, a transformação digital dos seus clientes, ao nível dos sectores de energia, financeiro e transportes.

Na área de consumo, a Huawei reclama o aumento da sua quota global de smartphones, registando um aumento de vendas de 45,1% face ao ano anterior.

Curiosamente acerca do bloqueio dos Estados Unidos, a Forbes publicou ontem um artigo dando nota da “vitória” da Huawei na “guerra” com os Estados Unidos. Através de uma declaração da diretora da National Intelligence, a administração parece ter assumido que falhou na influência da proibição, a nível global, da empresa chinesa entrar na corrida do 5G: “Teremos de encontrar meios, num mundo 5G, para sermos capazes de gerir os riscos numa rede diversiva que inclui tecnologia que não podemos confiar”, salientou Sue Gordon.