Ken Hu, Chairman rotativo da Huawei, começou a conferência de resultados financeiros de 2020 salientando o difícil ano passado devido à pandemia, mas que foi uma das primeiras empresas a retomar as atividades na China, e um pouco por todo o mundo. Destacou ainda o papel da empresa no combate à COVID-19, seja através de medicamentos, equipamentos tecnológicos e donativos. Colocaram a sua cloud e inteligência artificial ao serviço dos cuidados médicos.

Relativamente à sua performance financeira, salienta o crescimento das receitas em 3,8%, em 891,4 mil milhões Yuan (115,84 mil milhões de euros) e um lucro líquido de 3,2%, de 64,6 mil milhões Yuan (8,39 mil milhões de euros) de crescimento face a 2020. Por outro lado, registou uma quebra no fluxo de operações de -61,5%, no valor de 35,2 mil milhões Yuan (4,57 mil milhões de euros).

A empresa destaca o crescimento rápido do negócio empresarial, com uma subida de 23%, num valor de 100,3 mil milhões de Yuan (13,03 mil milhões de euros). Devido às sansões impostas pelos Estados Unidos e à disrupção dos negócios devido à pandemia, a fabricante manteve-se à “tona da água”, com o negócio dos smartphones a crescer 0,2% para um valor de 302,6 mil milhões de Yuan (39,32 mil milhões de euros). O negócio do consumo registou um crescimento de 3,3%, representando um valor de 482,9 mil milhões de Yuan (62,75 mil milhões de euros).

tek huawei resultados 2020

No que diz respeito às receitas dos três segmentos, a área do consumo continua a representar 54,2%, os smartphones 34% e a área empresarial 11,3%. Segundo Ken Hu, parte do crescimento da área do consumo deveu-se sobretudo ao negócio dos smartwatches e portáteis. A empresa destaca que o crescimento da empresa foi impulsionado pelo marcado interno, registando um aumento de receitas na China de 15,4% no valor de 584,9 mil milhões de Yuan (76,01 mil milhões de euros). A nível global a empresa registou um decréscimo de receitas de 12,2% na EMEA, uma baixa de 8,7% no resto da Ásia e um registo negativo de 24,5% nas Américas.

Relativamente ao investimento, a Huawei gastou 141,9 mil milhões de Yuan (18,44 mil milhões de euros) em Investigação e Desenvolvimento, representando um valor superior ao ano anterior, que foi de 131,7 mil milhões de Yuan (17,11 mil milhões de euros).

A fabricante continua a apostar as fichas no seu ecossistema Seamless AI Life, naquele que são cinco cenários principais: casa inteligente, escritório inteligente, facilidade nas viagens, fitness e saúde, e entretenimento. A empresa salienta que tem mais de 120 mil apps disponíveis na sua loja de apps Huawei Mobile Services, contando com mais de 2,3 milhões de developers registados. Disse ainda que houve um aumento de 10 vezes de aplicações lançadas fora da China.

A Huawei fez ainda algumas previsões para os próximos anos, destacando a adoção geral de cloud nos próximos 1-3 anos, o que será mais cedo do que o esperado. E que em 2025 a adoção de IA nos negócios chegará aos 97% nas grandes empresas. Devido à pandemia, algumas mudanças vieram para ficar, salientou Ken Hu, nomeadamente o teletrabalho, a abordagem digital na comunicação com os clientes e os modelos de negócios baseados em dados. No seu estudo, mais de 86% dos gestores espera investir mais na sua transformação digital e um quarto espera aumentar mais de 20%.

O negócio de cloud da empresa também foi destacado pelo seu crescimento. Na China já é o segundo maior fornecedor de serviços de cloud, sendo o sexto que registou maior crescimento a nível global. Tem mais de 19.000 parceiros, mais de 4.000 aplicações no Huawei Cloud Marketplace e conta com 1,6 milhões de developers, em áreas como finanças, internet, governo, transporte e logística, educação e bem-estar e indústria da manufaturação.

Nota de redação: notícia atualizada com mais dados. última atualização 10h13.