A Altice Portugal publicou os seus resultados financeiros relativos ao terceiro trimestre de 2021, destacando um aumento de receitas de 8,9% face ao ano anterior, num total de 589,4 milhões de euros. Nos primeiros nove meses do ano a Altice Portugal já somou 1.689,2 milhões de euros de receitas, um crescimento de 8,1% face ao ano anterior. Já o EBITDA do terceiro trimestre foi de 221,8 milhões e 639,1 milhões nos primeiros nove meses de 2021. Os valores representam um crescimento de 2,3% e 1,7%, respetivamente.

A operadora de telecomunicações explica que os valores conquistados se devem, sobretudo, ao seu catálogo de serviços de Fibra. A empresa diz que, “pelas ofertas convergentes e integradas, continuou a potenciar o crescimento da Base de Clientes e a reforçar a posição da Altice Portugal no mercado nacional”.

A empresa diz que até ao final de setembro já tinha 5,9 milhões de casas em Portugal com a sua Fibra Ótica. Nesse sentido, registou mais 100 mil clientes durante o trimestre, em relação ao período anterior que acabou em junho. No total, a empresa diz que angariou 308 mil lares durante os três trimestres de 2021. “Esta é inequivocamente a maior Rede de Fibra Ótica de Portugal”, destaca a empresa no comunicado.

Altice Portugal regista receitas de 550,7 milhões de euros e crescimento de 10,3% no segundo trimestre de 2021
Altice Portugal regista receitas de 550,7 milhões de euros e crescimento de 10,3% no segundo trimestre de 2021
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Apesar do atraso do processo do 5G, a Altice Portugal diz que se mantém fiel aos seus compromissos de transformação digital “e de identificação de soluções que coloquem os seus clientes na melhor posição para o sucesso”. Os resultados demonstram ainda que as receitas cresceram 7% quando comparados diretamente com o trimestre anterior: 589,4 milhões de euros contra os anteriores 550,7 milhões de euros do segundo trimestre. Todos os segmentos de negócio contribuíram para os resultados positivos.

É referido um crescimento sustentado da Base de Clientes Fixo e Móvel, mas também dos Negócios Empresariais e a aposta no binómio Fibra/Convergência que ajudaram a impulsionar as receitas. A empresa destaca os seus padrões de qualidade do serviço que presta, apoiando-se nos dados da Anacom que dizem que a MEO foi o operador com menor número de reclamações por mil clientes e o menor índice de reclamações no segundo trimestre do ano. A operadora diz que desde 2019 tem vindo a ser destacado como a que recebe menos queixas, naquela que diz ser uma aposta contínua no serviço ao cliente e qualidade das suas ofertas.

A empresa liderada por Alexandre Fonseca deixou ainda uma nota relativa ao leilão 5G, que terminou no final de outubro, dizendo que cumpriu todos os seus objetivos a que se tinha proposto, nomeadamente o de obter 104 MHz de frequência 5G, entre as faixas de 700 e 900 MHz e 3,6 GHz. O investimento total foi de 125 milhões de euros no espectro adquirido.

Antes de mergulhar no 5G, a Altice fez ainda um balanço da geração anterior, referindo que a taxa de penetração do 4G é de 99,8% e o 4G+ de 94,7%, fruto do seu investimento sustentado na rede móvel.

Neste trimestre foram investidos 109,7 milhões de euros na expansão da cobertura de fibra ótica e no total, nos nove meses, o valor foi de 338,1 milhões de euros.

Das receitas totais, o segmento do Consumo continua a registar a maior fatia do bolo, com 314,6 milhões de euros no terceiro período, num crescimento de 3,4% face ao ano passado (304,3 milhões de euros), mas também positivo quando comparado ao trimestre anterior, em 3,6%.

Quanto ao segmento dos serviços empresariais, o valor das receitas foi de 274,8 milhões de euros neste terceiro trimestre, mas um crescimento superior de 16,1% face a 2020 (236,7 milhões de euros). E face ao trimestre anterior, a Altice registou um crescimento de 11,3%. Destaca a reconquista de alguns clientes empresariais de grande dimensão em diferentes sectores, mas também a recuperação do roaming, quando comparado com o ano passado.

Vodafone também regista crescimento

A Vodafone Portugal também registou um crescimento de receitas de 6,4% no segundo trimestre do seu ano fiscal de 2021-22, que terminou em setembro. A empresa diz que a sua base de clientes de banda larga totalizou 847 mil no final de setembro, resultando num crescimento de 9% face ao período homólogo anterior.

Neste trimestre as suas receitas de serviço somaram 271 milhões de euros, num crescimento de 6,4% face a 2020. As receitas totais foram de 296 milhões de euros, num crescimento semelhante de 6,4%.

Os seus resultados refletem “uma maior resiliência ao nível do segmento móvel, impulsionada pela qualidade da rede e pela sazonalidade associada ao período de verão, bem como pelo acréscimo de utilização de dados móveis e a manutenção de um sustentado crescimento do negócio fixo”, refere em comunicado.