Esta quinta-feira a Oracle Portugal bateu recordes de afluência a um dos seus eventos. O Oracle Cloud Day serviu para juntar mais de 800 clientes, parceiros e demais interessados em redor das soluções e serviços disponibilizados pela gigante tecnológica, mas também para assinalar os 30 anos da multinacional no país.

A partir do palco instalado no Convento do Beato, em Lisboa, partilharam-se igualmente alguns dos “segredos do negócio” para as empresas que estão empenhadas em vencer nesta nova era marcada pelo ritmo acelerado de mudança. E quem diz empresas, diz equipas de futebol.

“Não há muitas empresas que se possam orgulhar de ter 30 anos no mercado português”, começou por dizer Bruno Morais. E qual é o segredo para uma longa existência de sucesso?  “Se tivesse de escolher uma palavra era consistência: durante 30 anos, com diferentes percursos, o que nos marcou foi a consistência”, respondeu o country manager da Oracle Portugal. “Nascemos como uma empresa de base de dados e passámos a ser uma fornecedora de TI, mas no core, mantivemos a consistência de continuar sempre ligados ao data information”.

Uma realidade a que assistimos é a disrupção dos negócios.“E hoje a questão fulcral já não é saber se vamos ou não fazer parte desta disrupção. Hoje a questão fulcral é perceber como é que eu garanto que a minha empresa não fica de fora desta disrupção”, sublinhou Bruno Morais.

O tema da disrupção e do ritmo cada vez maior a que a inovação ocorre marcou a intervenção de  Andrew Sutherland. Tal como tinha feito em janeiro, no OpenWorld Europe, o senior vice president de Systems & Technology para a Oracle EMEA e APAC falou das tecnologias inovadoras que a gigante tecnológica tem em mãos para ajudar as empresas a enfrentarem os vários desafios disruptivos dos seus negócios.

Entre os destaques estiveram a Inteligência Artificial e as Intelligent Business Applications. Andrew Sutherland garantiu que a Oracle está a trabalhar para criar aplicações empresariais ainda mais inteligentes. “As aplicações vão deixar de ser passivas e realizar apenas as tarefas simples que estamos habituados a ver. Elas vão ser capazes de sugerir, vão ser autênticos ‘conselheiros empresariais’”, garantiu.

E se o responsável da Oracle defendeu que a tecnologia e a inovação aceleraram o tempo em muitos sentidos, Fernando Santos admitiu que o futebol é um deles.

“No meu tempo de jogador havia muito espaço e tempo e, havendo espaço e tempo, antecipar o que vinha a seguir era mais fácil. Tínhamos tempo para olhar, para passar a bola, para ver tudo", afirmou o selecionador nacional.  Mas "a ciência e a inovação trouxeram uma mudança radical ao nível das capacidades físicas, fazendo desaparecer estas duas componentes”, acrescentou. “Hoje não há espaço nem há tempo. Os jogadores têm de ser rápidos e perceber antes o que vai acontecer a seguir”.

Para Fernando Santos, o mundo tecnológico não está assim tão distante do mundo do futebol. “Costuma falar-se do ‘mundo do futebol’, mas não há uma série de mundos. O mundo das empresas é igual ao mundo do futebol: o objetivo é ganhar e para isso há uma estratégia”.