Depois de ter estado sob o escrutínio da União Europeia por desrespeitar as leis da concorrência numa ferramenta de pesquisa de trabalho, a Google volta a estar sob investigação por motivos semelhantes, desta vez por parte do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, avança o Business Insider.

No anúncio realizado ontem, 9 de setembro, o grupo de advogados de 48 estados norte-americanos liderado por Ken Paxton, procurador geral do estado do Texas, alega que a gigante da tecnologia não está a respeitar as leis do mercado livre, sendo, por isso, necessária uma investigação às suas práticas a nível da publicidade. Tal como afirma Paxton, o propósito não é avançar com um processo legal à Google, mas sim determinar que factos estão presentes, permitindo que estes guiem a análise.

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A iniciativa bipartidária foca-se na forma como a Google recolhe informação acerca dos seus utilizadores nos seus anúncios. Uma vez que a empresa “domina não só todos os aspectos da publicidade online, mas também da pesquisa na Internet”, nas palavras de Paxton, o grupo de procuradores gerais tem também como objetivo a proteção do consumidor e das pequenas empresas. Fora da investigação estão dois estados norte-americanos: Alabama e Califórnia, onde se encontra sediada a empresa, os quais ainda não justificaram os motivos que sustentam a sua escolha.

Esta decisão surge após o anúncio, a 6 de setembro, de uma investigação antitrust ao Facebook, liderada pela procuradoria-geral de Nova Iorque, acerca das práticas da rede social relativamente à privacidade dos dados dos seus utilizadores.