As redes sociais estão debaixo de fogo e ainda recentemente um grupo de emissoras e empresas de telecomunicações no Reino Unido pediram ao governo britânico medidas reforçadas de supervisão. Nos Estados Unidos, e com a aproximação das próximas eleições, os grandes grupos tecnológicos têm procurado unir forças para encontrar soluções de reforço de segurança e no passado mês de agosto, o Facebook, Twitter, Microsoft e Google reuniram-se para debater o tema.

O Facebook procura ativamente evitar um novo caso Cambridge Analytica e está já a construir um quartel-general totalmente dedicado ao controlo das eleições legislativas dos Estados Unidos marcadas para o dia 6 de novembro. Em entrevista à NBC News, Samidh Chakrabarti, responsável pelo compromisso cívico do Facebook, refere que a empresa quer que tudo corra bem desta vez. Em 2016 mais de 126 milhões de americanos foram expostos a interferências da Rússia nas eleições presidenciais.

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A estratégia do Facebook é combater quatro frentes: interferências externas, bloquear e remover contas falsas, evitar a propagação de desinformação, e acima de tudo, mostrar com total transparência todas as informações e publicidades para fins políticos.

O Facebook tem vindo a fazer uma “limpeza” na sua rede social, referindo que nos últimos seis meses mais de mil milhões de contas falsas foram intercetadas e anuladas. A estratégia da empresa é mostrar publicamente a todos os utilizadores que se cruzam com publicidades políticas, quem as promoveu e quem pagou pelas mesmas.

A empresa de Mark Zuckerberg contratou mais 10 mil pessoas para área de segurança, referindo que “estão preparados para tudo, e por isso construímos esta sala de guerra, uma sala física de guerra…” Ainda assim, porta-voz do Facebook refere que embora a empresa tenha aprendido muito com os problemas de 2016, também os intervenientes externos, que desejam boicotar as eleições, tornaram-se mais sofisticados e são melhores a esconderem a sua localização.

Embora considere que esta “guerra” seja interminável, o Facebook afirma estar mais bem posicionada do que estava há dois anos, procurando estar à frente dos problemas que surgem. E nesse sentido, a rede social tem investido em pessoas e tecnologia.