O indivíduo foi detido pela Polícia Judiciária e encontrava-se na posse de milhares de ficheiros de imagem e de vídeo de crianças em práticas sexuais explícitas. É ainda suspeito de ter abusado de vários menores, dos quais se aproximava através de videojogos online. Contudo, não existem ainda quaisquer provas de que tivesse tido contacto físico com as crianças.

A PJ emitiu um comunicado onde esclarece que o predador atraía as suas vítimas através do Fortnite, passando depois a comunicar diretamente com elas através de outros canais digitais, como o Facebook, o Instagram e o WhatsApp. Uma vez criada uma relação de falsa proximidade, o jovem “instava os menores a filmarem-se com o telemóvel enquanto praticavam actos sexuais de relevo, vídeos esses que depois lhe enviavam através daquelas plataformas de comunicação”.

A PJ concluiu que os ficheiros eram depois partilhados com outros internautas e os menores alertados para "apagar, quer a gravação dos vídeos que lhe enviavam, quer os registos digitais gerados pelas comunicações entre ele e as vítimas”.

O homem aguarda julgamento em liberdade, mas está sujeito a apresentação diária no posto policial da sua área de residência e foi-lhe decretado acompanhamento psiquiátrico. Atualmente, está proibido de usar equipamentos informáticos com acesso à internet.

Empregado comercial de profissão e sem antecedentes criminais, o suspeito, residente em Salvaterra de Magos, operava a partir de casa, julga-se, há mais de um ano. O local foi alvo de uma busca domiciliária e, na sequência, "foram apreendidos telemóveis e diverso material informático, designadamente computadores e discos de armazenamento externo", segundo escreve o Público.

As autoridades referem que “a investigação vai prosseguir no sentido de tentar identificar o maior número possível das inúmeras vítimas existentes, a partir da análise da imensidão de dados apreendidos e da realização de perícias forenses de informática”.