Os investigadores da Check Point Research revelam as estatísticas globais e nacionais relativas ao aumento do número de ciberataques que tiveram como “alvo” redes corporativas em 2021.

Em Portugal, uma organização foi atacada, em média, 881 vezes por semana, num aumento de 81% em relação a 2020. A nível global, os especialistas indicam que, em 2021, viram o número de ciberataques por semana contra organizações aumentar 50% em comparação com 2020.

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A tendência para o crescimento destas ameaças atingiu um novo pico no final de 2021, com a revelação da vulnerabilidade presente no Log4J, que fez com que o número de ciberataques por semana contra organizações chegasse aos 925 a nível global.

Olhando para os setores mais visados em Portugal destacam-se o da Educação/Investigação (+57%); Saúde (+108%); Administração Pública/Setor Militar (+106%); Serviços de Utilidade Pública (+371%); e ainda o Setor Transformador (+84%).

Já no panorama internacional, a Educação/Investigação (+75%) lidera o ranking de setores mais afetados, seguindo-se o da Administração Pública/Setor Militar (+47%); Comunicações (+51%); ISP/MSP (+67%); e Saúde (+71%).

A Check Point R esearch indica que África, região Ásia Pacífico e América Latina foram os principais “alvos” do cibercrime contra organizações, apesar de a Europa ter registado o maior aumento percentual de ciberataques de ano para ano.

Segundo Omer Dembinsky, Data Research Manager da Check Point Software citado em comunicado, “os hackers continuam a inovar”, sendo que “novas técnicas de penetração nos sistemas e métodos de evasão” fizeram com que conseguissem levar a cabo mais facilmente as suas intenções maliciosas.

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“O que é mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados”, enfatiza o responsável.

O especialista acredita que “estes números vão aumentar em 2022, com os hackers a inovar continuamente e a procurar novos métodos para executar ciberataques, especialmente ransomware”. “Podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia”, afirma.

“Recomendo vivamente a todos os utilizadores, especialmente a quem está nos setores mencionados acima, a aprender o básico para se protegerem. Medidas simples como descarregar patches, segmentar redes e sensibilizar colaboradores podem fazer muito pela cibersegurança do mundo,” indica Omer Dembinsky.