Em vésperas de eleições, o Facebook continua empenhado em “limpar” o seu nome no que diz respeito a questões de segurança e privacidade, sobretudo no calor das vésperas de eleições. O ato eleitoral da União Europeia decorre no dia 20 de maio, e a rede social já abriu uma sala de guerra para intercetar qualquer tipo de conteúdo irregular, tal como fake news, antes que tenha oportunidade de se espalhar.

A empresa de Mark Zuckerberg decidiu também recentemente abrir os seus dados a 60 investigadores, oriundos de 30 instituições, para estudar e medir o impacto dos mesmos nas eleições e na democracia, assim como compreender como são utilizados por anunciantes. Na prática, o Facebook vai dar acesso aos académicos os websites que os seus utilizadores foram linkando entre janeiro de 2017 a fevereiro de 2019. Este período não inclui o impacto da rede social no seu período mais conturbado, nomeadamente as eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2016 e o referendo do Brexit também no mesmo ano.

Segundo avança o Technology Reviews, o período fornecido é massivo, representando a atividade diária de quase 1,6 mil milhões de utilizadores. Trata-se de uma das maiores amostras de dados sobre o comportamento humano online que alguma vez foi disponibilizado. O projeto está a ser trabalhado há cerca de um ano, tentando balancear os interesses de investigação e as óbvias questões de privacidade e confidencialidade dos utilizadores.

Para não comprometer o estudo, os investigadores escolhidos não terão sido escolhidos pela administração da rede social, mas sim pela Social Science Research Council, uma instituição americana sem fins lucrativos. Da mesma forma, como refere a rede social numa mensagem no seu blog, estão a ser utilizadas técnicas de análise de estatísticas que impossibilite identificar os utilizadores visados. Assim, os investigadores apenas terão acesso aos dados através de um portal seguro, usando uma VPN e autenticação de dois fatores. Além disso, apenas podem aceder a um determinado número de dados em cada pesquisa.