A IBM está a recorrer às capacidades de um dos mais complexos sitemas de inteligência artificial para prever a performance dos seus colaboradores. Em vez de analisar os registos individuais de cada um deles, a empresa pergunta ao Watson AI o que é que cada empregado vai fazer no futuro.

O programa está suportado numa rede neural que faz cálculos e estimativas com base nos dados da empresa e, neste caso, utiliza estatísticas para fornecer projeções de futuro.

Assistente de inteligência artificial Watson da IBM vai estar onde quiser
Assistente de inteligência artificial Watson da IBM vai estar onde quiser
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Num cenário como o da IBM, que emprega cerca de 380 mil trabalhadores em todo o mundo, é impossível estimar rendimentos manualmente, com recurso a mão-de-obra humana. Com o Watson, a empresa consegue obter avaliações fáceis de interpretar o tempo que várias equipas compostas por vários humanos necessitariam para completar o trabalho. Num caso como este, em que é necessária a análise minuciosa de vários números e relatórios de produtividade, a automatização do Watson é essencial.

De acordo com a Bloomberg, a IA consegue estimar a performance de um colaborador com 96% de precisão.

Com intenção de exportar este sistema para o mercado comercial, a IBM tem investido fortemente no marketing. Recorde-se que o Watson já esteve presente nos Grammys e no espaço, mas a tecnológica quer também colocá-lo ao serviço das empresas, de forma a oferecer rigor a um processo que pode ser alterado pela falta de experiência de um colaborador ou por qualquer relação pessoal entre avaliador e avaliado.

Na IBM, as respostas do Watson também pesam nas decisões que a empresa toma acerca de possíveis aumentos e promoções. Neste caso, estes benefícios não são apenas calculados com base naquilo que se fez, mas também com base naquilo que se vai fazer.