Hoje foi um dia muito especial para a Virgin Galactic, ao ter concluído com sucesso o envio do VSS Unity (SpaceShipTwo) ao espaço, regressando em segurança ao solo. Sob o olhar atento do patrão Richard Branson, no deserto do Mojave, nos Estados Unidos, a nave espacial foi lançada ao espaço através da “mothership” WhiteKnightTwo, como pode ver no vídeo colocado na conta do Twitter da empresa.

Com o objetivo de iniciar o negócio do turismo espacial, e levar pessoas a ver o planeta, da perspetiva dos “astronautas”, a conclusão dos testes de hoje colocam a Virgin Galactic numa boa posição. A nave alcançou os 80 quilómetros de altitude, considerado pela Força Aérea como a fronteira para o início do espaço, pela primeira vez na história da empresa. O máximo que tinha alcançado, em testes anteriores, foi cerca de 52 quilómetros.

O teste feito hoje registou uma velocidade de Mach 2.9, correspondente a quase três vezes a velocidade do som, mas a empresa refere que a nave consegue ser ainda mais rápida, refere o The Verge. O objetivo foi expandir a altitude, a velocidade do ar, carregamento e o calor termal. Para tal, aumentou a duração do trabalho dos motores que simula a chegada ao espaço. Os motores “queimaram” durante 60 segundos, e quando se desligaram, a nave ainda continuou a subir por mais alguns instantes, como foi sendo noticiado pela empresa no seu Twitter.

Os pilotos Mark “Forger” Stucky e CJ Sturckow foram os “heróis” do dia, conquistando assim mais uma etapa para a empresa de Richard Branson.

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Com este teste, a empresa pretende agora concluir o processo de certificação que garanta as autorizações de segurança e a permissão para levar pessoas a bordo da nave ao espaço. Ao contrário dos habituais foguetões da SpaceX, a Virgin Galactic utiliza o poderoso avião WhiteKnightTwo para alcançar a altitude de 42 quilómetros, até o VSS Unity se separar, e continuar a jornada até ao espaço. Depois dos motores se desligarem, a nave irá “planar” pelo espaço durante alguns minutos até regressar ao solo.

O sucesso de hoje pretende fazer esquecer o incidente fatal ocorrido em 2014, quando a primeira SpaceShipTwo testava o sistema de estabilização, no regresso da nave ao planeta.