Ao longo dos tempos o nosso “imaginário robótico” foi influenciado pela indústria cinematográfica, principalmente por Hollywood, mas a real aparência destas máquinas pode estar longe daquilo que normalmente projetamos quando nos pedem para fechar os olhos e pensarmos num robot.

No caso dos androides, a aparência não importa, garantiu Kaigham Gabriel, da Draper, à audiência que assistia à sessão "Cells to space to salads: Whats's a robot good for?", a partir do palco Auto/Tech & TalkRobot do Web Summit. “Para aquilo que fazem, não interessa nada como os robots são”, sublinhou.

Mas o que podemos esperar de um robot? “Os robots vão fazer ‘o verdadeiro trabalho’, vão oferecer-nos novas capacidades, capacidades adicionais que até já estão aqui". Kaigham Gabriel não se referia apenas aos robots que estão nas fábricas há décadas, mas aos robots que estão a operar no mundo real”. Um bom exemplo são os veículos autónomos, mas há outros.

Aparências à parte, aquilo que os robots podem fazer depende de duas coisas: a capacidade de operarem no mundo real "desestruturado e sempre a mudar" e, em segundo lugar, se há um business case para aquilo que fazem, apontou o CEO da Draper.

A primeira é uma questão técnica. Trata-se de ensinar as máquinas a desconstruírem a complexidade de uma situação. “Nós [humanos] sentimos o mundo, percebemos, planeamos e agimos. Isto é algo que qualquer robot que funcione no mundo real terá de fazer, seja um veículo autónomo ou um reator de células sanguíneas”.

A segunda é uma questão de negócio. “Lá porque conseguimos fazer, não quer dizer que o iremos fazer. Por exemplo, acho que nunca iremos ter humanoides a conduzir táxis. Não porque não os conseguiríamos desenvolver, mas porque seria sempre mais caro do que integrar tais capacidades num veículo”.

E Kaigham Gabriel voltou a insistir: “aquilo com que se assemelha um robot não interessa. Aliás a maior parte dos humanoides são ‘novelties’, não são produtos viáveis”, rematou antes de passar aos androides que já andam a cumprir o seu desígnio no mundo real: o tal reator de células sanguíneas que está a ajudar na terapia contra o cancro de forma mais célere e barata, os veículos de exploração lunar que seguirão a bordo no regresso ao satélite natural da Terra e um “dispensador” de comida.

E agora, se lhe pedirem para fechar os olhos e pensar num robot, ainda o imagina da mesma forma?

O Web Summit visto pelo SAPO TEK

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