Parece matéria da Guerra Fria, mas num quadro atual. Os Estados Unidos continuam preocupados com os movimentos suspeitos da Rússia, com o Departamento da Defesa a afirmar que o Governo de Putin está a conduzir testes de novas tecnologias no espaço que podem ser utilizadas para destruir outros satélites em órbita no espaço. No dia 15 de julho, um satélite russo chamado Kosmos 2543 libertou um objeto desconhecido em órbita, segundo o Comando Espacial dos Estados Unidos, capaz de detetar todos os objetos.

Essa ação foi confirmada pelo Ministério da Defesa russo, que afirmou que o Kosmos 2543 iria aproximar-se de um dos seus satélites para fazer uma inspeção, algo que faz com frequência nos últimos anos. Mas durante esse período de inspeção libertou o tal objeto desconhecido no espaço. E já é a segunda vez que isso acontece, ao que parece. Em dezembro de 2019, os Estados Unidos registaram que o Kosmos 2543 foi lançado por outro satélite, o Kosmos 2542, ambos pareciam estar a perseguir o seu satélite de espionagem chamado USA 245.

Quem não está satisfeito com estas movimentações no espaço são as autoridades norte-americanas, refere a The Verge, acreditando que tem o potencial para criar situações perigosas no espaço. O líder da US Space Force, John Raymond, condena o lançamento do novo projétil libertado pelo Kosmos 2543, referindo que se trata da prova de um sistema de armamento no espaço: “O sistema do satélite russo usado para conduzir este teste de armas em órbita é o mesmo sistema que nos tinham preocupado no início deste ano, quando a Rússia manobrou um dos seus contra um satélite do governo dos Estados Unidos”. Para os Estados Unidos, o Kremlin continua a desenvolver armas que colocam os recursos americanos e dos seus aliados no espaço em risco.

Apesar de não ser estranho os satélites darem boleia a outros sistemas mais pequenos, a serem colocados no espaço, como o fazem diferentes agências espaciais, as preocupações levantam-se, neste caso, pelo comportamento estranho dos aparelhos russos. É referido que estes se movem mais rápido do que o normal. Ainda assim, os líderes militares dos Estados Unidos não têm provas concretas de que estes aparelhos sejam mesmo armas. Até porque em abril, os Estados Unidos confirmaram a existência de testes, desta vez no solo terrestre, de sistemas de mísseis desenhados para disparar contra satélites no espaço. Sistema batizado de Nudol.

John Raymond deixou o aviso que os Estados Unidos, perante estes movimentos da Rússia, poderá responder, de forma a proteger o país, e os seus interesses no espaço.

Estes assuntos acabam por dar força ao pensamento de Donald Trump sobre a criação da Space Force, um novo ramo militar dos Estados Unidos, focado dos assuntos espaciais. Recentemente foi mostrado o logotipo oficial e o seu moto: “Semper Supra”.

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