Esta será a segunda missão espacial da astronauta italiana que faz parte do restrito clube daqueles que já viajaram ao espaço sideral, com menos de 600 membros. O alcance torna-se ainda mais circunscrito se olharmos somente para o género feminino, que equivale apenas a cerca de 10% do número total.

Samantha Cristoforetti entrou para a corporação da ESA na campanha de candidaturas de 2008/9 - a mais recente até à data -, e esteve pela primeira vez na ISS em 2014 para a missão ASI “Futura”, retornando à Terra num veículo Soyuz russo, após 200 dias no espaço.

Agência Espacial Europeia prepara recrutamento alargado de astronautas e quer mais mulheres a bordo
Agência Espacial Europeia prepara recrutamento alargado de astronautas e quer mais mulheres a bordo
Ver artigo

Durante a missão Futura, a astronauta italiana apoiou um extenso programa científico de experiências em ciências físicas, biologia e fisiologia humana, bem como investigações sobre radiação e demonstrações de tecnologia.

Também supervisionou o desacoplamento do quinto e último Veículo de Transferência Automatizado (ATV) da ESA, marcando o fim de um programa de sucesso que pavimentou o caminho para os Módulos de Serviço Europeu, atualmente a ser produzidos para a aeronave Orion da NASA que viajará ao redor e para a Lua.

De acordo com o anunciado agora, Samantha Cristoforetti voará em direção à morada da Estação Espacial Internacional em 2022, como comandante da Expedição 68a, a bordo da espaçonave Crew Dragon, da SpaceX.

“Regressar à Estação Espacial Internacional para representar a Europa é uma grande honra para mim” refere Samantha Cristoforetti, citada pela ESA. “Sinto-me humildemente grata pela minha nomeação para o cargo de comandante e espero aproveitar a experiência que ganhei no espaço e em Terra para liderar uma equipa muito capaz em órbita”.

Note-se que as decisões sobre a escolha da tripulação e o papel que cada astronauta desempenha na ISS são tomadas em consenso pelo Painel de Operações Multilaterais de Tripulação (MCOP), que compreende representantes de todos os cinco parceiros internacionais: ESA, NASA (EUA), Roscosmos (Rússia), JAXA (Japão) e CSA (Canadá).