Em outubro de 2017, um misterioso objeto interestelar foi avistado no Sistema Solar, deslocando-se a grande velocidade. Desde então, a sua natureza tem vindo a ser investigada por astrónomos, que ainda não estão totalmente seguros sobre como o classificar; no entanto, a hipótese de se tratar de uma nave extraterrestre está posta de parte.

A sua forma e movimento estranhos levaram alguns cientistas a questionar se ‘Oumuamua – assim se chama o primeiro objeto de outro sistema encontrado a passar pelo Sistema Solar – poderia ser algum tipo de tecnologia alienígena a explorar o cosmos. Contudo, após analisar os dados, uma equipa internacional de investigadores declarou “não ter encontrado provas convincente favoráveis a essa explicação”.

De acordo com a Reuters, os cientistas acompanharam ‘Oumuamua de 14 de outubro de 2017 até 2 de janeiro de 2018. Depois dessa data deixou de ser detetado, mesmo pelos telescópios mais poderosos. Calcula-se que tenha 800 metros de comprimento.

Matthew Knight, astrónomo que co-liderou a investigação, afirma que a principal conclusão a que a sua equipa chegou é de que “as propriedades do ‘Oumuamua são consistentes com uma origem natural, pelo que uma explicação alienígena é injustificada”.

No entanto, quando questionado se classificaria ‘Oumuamua como um cometa ou um asteróide, Matthew Knight diz que prefere evitar atribuir-lhe qualquer dessas designações e “chamar-lhe genericamente um objeto”. Para os investigadores, a explicação mais provável é que se trate de um planetesimal (um bloco de construção planetário) ou um fragmento do mesmo, formado num sistema distante.

A sua composição permanece um mistério, não se sabendo se no seu corpo rochoso se pode encontrar também metal ou outros ingredientes. Neste momento, ‘Oumuamua encontra-se para lá de Saturno, estando de saída do Sistema Solar.