O projeto está a ser tratado a partir do ESAC, o centro de astronomia da ESA em Espanha, com recurso a um software especifico denominado SPICE, normalmente usado para planear e interpretar observações planetárias. Neste caso, começou por ser aplicado para um “regresso ao passado” até à Missão Apollo 15, da NASA, e depois até à missão 2003 SMART-1, da ESA.

Com a ajuda da empresa britânica Timelab Technologies, a equipa de cientistas do ESAC recreou estas missões ao detalhe, com o objetivo de reanalisar as várias avaliações científicas feitas na altura, nomeadamente relativas aos instrumentos de imagem ótica ou espectroscopia de raios X, e aprender com elas.

“Ao combinarmos os dados de posicionamento com um modelo de elevação digital altamente detalhado da superfície lunar, conseguimos saber exatamente para onde é que os instrumentos estavam a apontar enquanto registavam os seus resultados”, explica o cientista de projeto Erik Kuulkers, citado pela ESA.

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créditos: ESA

Os processos aplicados permitiram recriar as missões, comparando os dados registados na altura com os obtidos a partir das visualizações geradas artificialmente.

Como parte do projeto, a equipa também recriou os principais aspectos das missões estudadas em cenários 3D de alta definição, para disponibilizar ao público, incluindo a órbita lunar feita pela Apollo 15, o seu módulo lunar e o “passeio” pelo local de alunagem no Lunar Rover.

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créditos: ESA

“O nosso objetivo é oferecer novas possibilidades de apresentar e validar observações científicas, oferecendo também uma nova forma de imersão ao público em geral, para que seja possível reviver a emoção destas missões legadas”.