Depois de ter resistido aos sucessivos pedidos por parte das autoridades norte-americanas, que apelaram à colaboração da tecnológica no desbloqueio de um iPhone que pertencia a um terrorista, a Apple viu a polícia obter uma ferramenta que é capaz de desbloquear qualquer telefone da marca. O aparelho em causa, chamado GrayKey, utiliza uma técnica secreta para evitar que a empresa a contorne, e está neste momento operacional em cinco estados dos EUA. Mas de acordo com uma notícia publicada esta semana pela Reuters, os dispositivos estão prestes a ser inutilizados.

Peritos de segurança do lado da Apple contra o FBI
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Ao que tudo indica, a empresa da maçã está prestes a introduzir uma nova funcionalidade no iOS, que impedirá a utilização de qualquer GrayKey para o desbloqueio de smartphones - isto na maioria dos casos.

Com esta atualização, os iPhones vão cortar todo e qualquer tipo de comunicação que esteja a ser mantida através da porta USB, se o telefone não tiver sido desbloqueado durante uma hora. Na prática, isto significa que sempre que um utilizador não desbloquear o seu telemóvel durante 60 minutos, a porta USB passará a servir exclusivamente para carregamentos. A reposição de todas as suas funcionalidades acontece assim que o utilizador introduzir a palavra passe correcta.

O modo, a que a Apple chamou "USB Restricted Mode", foi inserido nas versões beta de desenvolvimento do iOS 12 e iOS 11.4.1, mas esta será uma estreia em versões comerciais. A gigante tecnológica descreve esta atualização como um "update geral de segurança". "Temos um grande respeito pelas forças da autoridade e não desenhamos os nossos sistemas de segurança para dificultar o seu trabalho", comentou, em comunicado, um porta-voz da empresa.