No passado mês de julho foi descoberta uma falha de segurança no WhatsApp e Telegram que abria portas aos hackers aceder e alterar mensagens e ficheiros. Um problema que quando reportado ainda estaria por resolver. A Symantec, criadora do antivírus Norton foi a primeira a alertar os utilizadores, destacando a gravidade do problema, pois num cenário hipotético, o malware permitiria que um hacker alterasse os números de um NIB que foi fotografado e enviado a um contacto para este fazer uma transferência, fazendo com que o dinheiro seguisse para a conta errada.

A especialista em segurança Kaspersky pronunciou-se hoje sobre o problema, e segundo declarações de Victor Chebyshev, investigador da empresa, “Estas falhas na segurança que foram encontradas na app são, de facto, muito preocupantes, uma vez que os utilizadores podem ser humilhados numa conversa de grupo, através de mensagens falsas enviadas pelos hackers.”

No entanto, refere que apesar destas falhas de segurança serem muito perigosas, estas são muito comuns em qualquer software. O especialista recomenda que os utilizadores sejam muito cautelosos ao utilizar a app, sobretudo em conversas de grupo. E em caso de suspeita, devem sempre confirmar o remetente das mensagens, numa conversa privada. A Kasperasky recomenda aos utilizadores manterem-se atentos às atualizações mais recentes do WhatsApp e fazer o download das respetivas versões mais recentes, o mais rápido possível.

No entanto, segundo a Forbes, durante a conferência da Black Hat em Las Vegas, que decorreu no dia 7, as vulnerabilidades do WhatsApp voltaram a ser apontadas. Do lado da rede social, apenas foi corrigido a capacidade de mandar uma mensagem privada a um membro de conversa em grupo, disfarçada de mensagem pública, fazendo com que a mesma ficasse visível a todos os elementos. No entanto, ainda estão por corrigir problemas como o uso da função "citação" para uma conversa de grupo, mudando a identidade do emissor da mensagem. E essa pessoa pode nem ser membro do grupo em questão.

Outro problema apontado, ainda por corrigir, diz respeito à capacidade de alterar a resposta de uma mensagem no grupo, com aquilo que o hacker quiser.