Apesar de ser uma tecnologia firmada e bem sucedida na indústria tecnológica, poucas são as empresas que se arriscaram a desenvolver a sua própria assistente virtual. Por enquanto, contam-se pelos dedos de uma mão as mais populares: Alexa, Siri, Cortana, Bixby e Google Assistant. A Huawei também tem a sua própria versão exclusiva, mas o sistema ainda se encontra demasiado circunscrito à região oriental do globo, onde já conquistou mais de 100 milhões de utilizadores diários.

Huawei lança primeiro smartphone com 5G na segunda metade de 2019
Huawei lança primeiro smartphone com 5G na segunda metade de 2019
Ver artigo

A empresa tem vindo a desenvolver a IA desde 2013, e traçou agora um novo objetivo que poderá elevar o programa a um patamar superior de capacidades.  De acordo com a própria tecnológica, uma das próximas metas para este software é fazer com que ele consiga entender as emoções dos seus utilizadores. A gigante chinesa acredita que este é o caminho a percorrer para que os telemóveis consigam dar respostas cada vez mais adequadas às necessidades de cada um.

"Até 2022 o seu dispositivo pessoal saberá mais sobre o seu estado emocional do que a sua própria família. Graças à capacidade de reconhecer e analisar expressões faciais, analisar tons de voz e comportamentos, os assistentes virtuais poderão entender o contexto dos comandos que recebem e responder com uma resposta mais alinhada com as emoções do utilizador", sublinha Felix Zhang, vice-presidente de engenharia de software da Huawei, que acredita ainda que o público estará altamente recetivo à introdução deste sistema. "Acreditamos que, no futuro, todos os utilizadores vão desejar interagir com o sistema de forma emocional", remata.

De acordo com a Gartner, este tipo de funcionalidade pode tornar-se útil quando articulada com outros sistemas e aparelhos. A consultora sugere que a análise emocional do utilizador pode servir para impedir a condução de um automóvel quando o condutor se encontrar alterado, ou para contactar serviços de saúde ou familiares se o utilizador se demonstrar deprimido ou ansioso.

A Huawei adianta ainda que a assistente virtual vai ser treinada para prolongar as interações, de forma a que os utilizadores não se sintam sozinhos ou solitários.