O Governo vai avançar com cortes de 1.100 vagas no Ensino Superior em Lisboa e Porto. Com a medida, pretende aumentar o número de estudantes nas universidades e institutos politécnicos nas cidades mais pequenas, “preferencialmente em cursos nas áreas das ciências da vida, física, matemática, informática e engenharias”, refere-se na versão final de um despacho que está pronto para ser publicado.
Segundo adianta o jornal Público, que teve acesso à versão final do diploma, são nove as instituições que terão de reduzir vagas com efeitos já no próximo concurso nacional de acesso, que deverá arrancar a 18 de Julho: Universidade de Lisboa; Universidade Nova de Lisboa; ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa; Instituto Politécnico de Lisboa; Universidade do Porto e Instituto Politécnico do Porto, bem como Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e as escolas superiores de Enfermagem de Lisboa e do Porto.
São exceções a Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras, que pela sua especificidade não sofre redução do numerus clausus, e também os cursos de Medicina e os de Física e Tecnologia Nuclear, apontados como prioritários pelo Governo, que mantêm o mesmo número de lugares disponíveis.
Quando foi apresentada em fevereiro, a medida foi alvo de inúmeras críticas das universidades e da sociedade civil. Alguns argumentaram que os alunos com mais dificuldades económicas iriam ser penalizados por terem de se deslocar para fora de Lisboa e Porto caso ali vivam. Outros, incluindo a Universidade de Lisboa, defenderam que este corte levaria muitos a desistir do ensino superior ou a optar por uma instituição privada.
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